Por: Renato Drummond Tapioca Neto
O reinado de Elizabeth I da Inglaterra até hoje desperta o interesse de diversos pesquisadores e entusiastas da história britânica. Afinal, o período em que ela governou, de 1558 a 1603, culminou com o florescimento de uma arte nacional, especialmente o Teatro; com a expansão marítima e a conquista da primeira colônia inglesa na América do Norte; e a consolidação do protestantismo como religião oficial do Estado. Futuramente, os vitorianos no século XIX se refeririam a essa idade como uma “Era de Ouro”, embora o reino da Inglaterra estivesse longe de ser o mais rico da Europa no período. Nesse sentido, é interessante observar como os britânicos, que por muitas décadas viram com desconfiança movimentos como o das sufragistas e não são conhecidos por possuírem muitas mulheres assumindo cargos de destaque na sua tradição parlamentar, associem as fases de construção de sua nacionalidade especialmente ao governo de duas mulheres: Elizabeth I e Vitória. Atualmente, outra Elizabeth, a segunda de seu nome, leva adiante o legado de suas antecessoras, quebrando paradigmas sexistas que por muito tempo estiveram enraizados na cultura de seu pais.
Muitas produções dedicadas a essas soberanas vêm sendo lançadas nos últimos anos, com destaque para a premiada série da Netflix, “The Crown”, ou “Victoria”, da ITV. Sobre a primeira Elizabeth, é possível diagnosticar o enaltecimento de seu reinado não apenas por meio de ensaios e estudos biográficos, como também através de romances e filmes. Para se ter uma ideia disso, basta lembrarmos de “Elizabeth” (1998) e “Elizabeth – The Golgen Age” (2007), estrelados pelas atriz Cate Blanchett e que passam para o telespectador a ideia de uma soberana gloriosa, espécie de ode à personagem. Por outro lado, pouca atenção foi dada à infância e juventude da monarca e como as experiências pelas quais ela passou nessa fase de sua vida moldaram seu caráter e conduta póstuma. É sobre esse momento em particular que a nova série da Starz, “Becoming Elizabeth” (no Brasil, “Tornando-se Elizabeth”), pretende abarcar. O enredo foca no período logo após a morte do rei Henrique VIII, em 1547, quando a jovem princesa foi morar na casa de sua madrasta, a rainha-viúva Catarina Parr, e acaba se envolvendo em um perigoso triângulo amoroso com o quarto marido dela, Thomas Seymour. Confira abaixo o trailer:
Na pele da jovem Elizabeth, temos a atriz Alicia von Rittberg, interpretando uma personagem intrépida que vive a alvorada de seus sentimentos. Como plano de fundo, a série aborda o inicio do reinado do rei Edward VI, que em 1547 tinha apenas 9 anos quando ascendeu ao trono e se viu envolvido nas disputas pelo poder entre seus dois tios maternos, Edward, o Lorde Protetor, e Thomas Seymour. No meio dessa querela, Elizabeth e sua irmã mais velha, Mary (futura Mary I da Inglaterra) passam por seu batismo de fogo. Em pouco tempo, o nome da jovem princesa começa a ser incluído em conspirações e intrigas que ameaçavam a estabilidade da Coroa e a segurança de seu irmão. Para tanto, a personagem vai precisar contar com toda sua astúcia, coragem e pragmatismo para se livrar da sombra da acusação de traição e ter o mesmo destino de sua mãe, Ana Bolena, que fora decapitada quando Elizabeth tinha três anos incompletos. “Becoming Elizabeth” será lançada na base de streaming da Starz no dia 12 de junho deste ano. Abaixo, algumas imagem inéditas da série, divulgada pela Starz.

Alicia von Rittberg como Elizabeth I.

Tom Cullen como Thomas Seymour e John Heffernan como Edward Seymour.

Bella Ramsey como Lady Jane Grey.

Alicia von Rittberg como Elizabeth, Oliver Zetterström como Edward e Romola Garai como Mary Tudor.

Jessica Raine como Catarina Parr.

Jamie Blackley e Alicia von Rittberg como Robert Dudley e Elizabeth.

Tom Cullen e Alicia von Rittberg como Thomas Seymour e Elizabeth.

Tom Cullen e Alicia von Rittberg como Thomas Seymour e Elizabeth.

Alicia von Rittberg como Elizabeth.

Alicia von Rittberg como Elizabeth.

Ekow Quartey, John Heffernan e Romola Garai como Pedro, Edward Seymour e Mary Tudor

Jessica Raine, Alicia von Rittberg e Tom Cullen como Catarina Parr, Elizabeth e Thomas Seymour.
Com efeito, a produção da série divulgou a seguinte sinopse:
Muito antes de ascender ao trono, a jovem Elizabeth Tudor era uma adolescente órfã que se envolveu na política e querelas sexuais da corte inglesa. A morte do rei Henrique VIII faz com que seu filho de nove anos, Edward, assuma o trono e põe em movimento uma perigosa disputa pelo poder quando Elizabeth, Edward e sua irmã Mary se veem como peões em um jogo entre as grandes famílias da Inglaterra e as potências da Europa, que brigam pelo controle do país.
Elizabeth luta para controlar seu próprio destino e assumir o poder real enquanto os homens ao seu redor tentam reivindicar sua soberania. Sua jornada fascinante e factual para garantir a coroa está repleta de intrigas, traições e relacionamentos ilícitos, que ameaçam trazer sua morte em um momento em que todo homem ou mulher da corte estava na roda da fortuna, o que pode levá-los a uma posição de grande poder em um momento, ou ao cepo do carrasco no próximo.
“Becoming Elizabeth” foi escrita pela roteirista Anya Reiss (“Spur of the Moment”, “The Acid Test”) e produzida por George Ormond (“National Treasure”, “Great Expectations”) e George Faber (“Shameless”, “The White Queen”). Confira abaixo a cena de um dos capítulos, com Alicia von Rittberg como Elizabeth I, contracenando com Tom Cullen no papel de Thomas Seymour.
Fonte: Glamour – Acesso em 24 de maio de 2022.