O descanso final das rainhas: conheça os túmulos das soberanas mais famosas da História! – Parte II

Por: Renato Drummond Tapioca Neto

Parte irresistível que cerca as biografias de mulheres importantes como a imperatriz Maria Teresa (a Grande), D. Maria I de Portugal, Carlota Joaquina, Dona Teresa Cristina, entre outras, é o local de repouso final destas soberanas. No ocidente cristão, o imaginário em torno da morte era envolvido por uma série de rituais, que começavam no leito do moribundo e terminavam com o repouso de seu caixão em uma cripta abaixo de um magnífico monumento esculpido em pedra, com uma efígie reproduzindo as feições da pessoa ali sepultada. Muitos foram os monarcas que, ao longo da história, dedicaram boa parte de seu reinado à preparação de um suntuoso túmulo, a exemplo da imperatriz do Sacro Império em Viena. A elevação de tais construções, por sua vez, reunia alguns dos maiores escultores e artistas do período. Entretanto, locais como Abadia de Westminster, a vala na Capela de São Jorge, em Windsor, a Basílica da Estrela, a Igreja de Santa Maria Madalena, ou a cripta imperial na Catedral de Petrópolis-RJ não eram, de forma alguma, encarados por seus ocupantes, enquanto vivos, como o lugar onde tudo terminava. Embora a matéria humana dos reis e rainhas pudesse encontrar descanso eterno na morte embalsamada, seus túmulos consagrados eram idealizados como portais para outra realidade, na qual sua jornada teria continuidade no plano imaterial.

De Isabel de York à Mary de Teck, nesse post selecionamos alguns dos mais belos exemplos da arte tumular, cujos sepulcros foram edificados para abrigar os restos mortais de algumas das soberanas e princesas mais famosas da História!

Isabel de York, rainha da Inglaterra

Efígie tumular de Elizabeth de York na Abadia de Westminster e um retrato póstumo da soberana, baseado em um original do século XVI.

Em 11 de fevereiro de 1466, nascia no Palácio de Westminster, em Londres, a princesa e depois rainha Elizabeth de York. Filha primogênita do rei Edward IV com a rainha Elizabeth Woodville, Elizabeth recebeu na infância uma educação primorosa, que a preparou para seu futuro papel como soberana consorte em algum reino estrangeiro. Por muitos anos, cogitou-se o casamento dela com o herdeiro do trono francês, razão pela qual ela era chamada na corte inglesa de “Madame La Dauphine”. Infelizmente, com a morte prematura de seu pai em 1483 e a tomada do trono por seu tio, Ricardo III, seu status como princesa foi colocado em risco, especialmente após a anulação do casamento de seus pais pelo novo monarca e com o misterioso desaparecimento de seus irmãos na Torre de Londres: Edward V e Ricardo, duque de York. Por outro lado, sua participação foi de suma importância para pôr fim ao conflito civil inglês que ficou conhecido como Guerra das Duas Rosas.

Após a derrota de Ricardo III em 1485, Henrique Tudor foi proclamado rei da Inglaterra e tomou a mão de Elizabeth em casamento, honrando assim o acordo feito com a rainha-viúva, Elizabeth Woodville. Surgiu então a casa real dos Tudor, que tinha como símbolo a união da rosa vermelha de Lancaster com a rosa branca de York. Primeira rainha consorte de uma nova dinastia reinante, Elizabeth de York entrou para a história britânica como filha, sobrinha, irmã, esposa e mãe de diferentes monarcas. De seu casamento com Henrique VII nasceram Arthur, príncipe de Gales, a princesa Margaret, futura rainha da Escócia (avó de Mary Stuart), o rei Henrique VIII e a princesa Mary Rose, futura rainha da França. Elizabeth de York morreu na Torre de Londres em decorrência de um parto mal-sucedido de uma criança natimorta do sexo feminino, em 11 de fevereiro de 1503, dia em que completaria 37 anos. Atualmente, ela se encontra sepultada em um magnífico túmulo ao lado de seu marido, na Abadia de Westminster.

Maria Teresa da Áustria, A Grande

Túmulo da imperatriz Maria Teresa e do Imperador Francisco I, na Cripta Imperial de Viena, ou Cripta dos Capuchinhos.

Em 29 de novembro de 1780, falecia aos 63 anos no Palácio de Hofburg, em Viena, a imperatriz Maria Teresa da Áustria, conhecida como A Grande. Em toda a história da Áustria, nenhuma figura foi tão imponente quanto Maria Teresa de Habsburgo-Lorena (1717-1780), imperatriz do Sacro Império, arquiduquesa reinante da Áustria, rainha da Boêmia, da Hungria, e dos muitos outros estados que ela havia ocupado o trono por herança. Herança essa que, diga-se de passagem, foi contestada por muitos homens que não coadunavam com a ideia de ver uma mulher governando igualmente como os reis e imperadores de outrora. Ainda jovem e recém-casada com Francisco Estevão da Lorena, Maria Teresa lutou por seu direito de nascença e foi confirmada no trono de seu pai. Belicosa quando preciso, a soberana jamais evitou a guerra quando esta lhe bateu nas portas e muitas vezes tomou a ofensiva, como em suas querelas com o imperador Frederico da Prússia ou na divisão da Polônia. Dobrou aos seus joelhos reis como Luís XV e Estanislau II. A única pessoa que lhe ofereceu resistência foi outra mulher, igualmente poderosa em seu trono: Catarina II da Rússia.

Mas não só com armas se fazia política. Fiel ao lema de sua família, “que os outros façam a guerra, mas tu, feliz Áustria, te casa”, a imperatriz arranjou casamentos dinásticos para seus muitos filhos e filhas, aumentando assim a zona de influência dos Habsburgo ao longo da Europa e além mar, uma vez que seus descendentes chegaram a lugares tão distantes quanto o Brasil. Ao final de sua vida, Maria Teresa era uma potência encarnada. Implacável com seus inimigos, justa com seus aliados e defensora da ciência. Sabendo que o exemplo tinha que vir de cima, submeteu todos os seus pequenos filhos à inoculação, um método inovador de combate à varíola no século XVIII. Assim, ela influenciou todos os seus súditos a passarem pelo mesmo processo, na expectativa de erradicar a enfermidade em seus domínios. Por esse conjunto de fatores, e muitos outros, ela ficaria lembrada para sempre como Maria Teresa, a Grande! Seu corpo foi sepultado ao lado dos restos mortais de seu marido, em magnífico túmulo que ela mandara construir na cripta imperial de Viena, onde também se encontra sepultada outra famosa soberana que viveu 100 anos depois de Maria Teresa: Sissi!

Princesa Charlotte, herdeira do trono britânico

Túmulo da princesa Charlotte na capela de São Jorge, no castelo de Windsor.

Na madrugada de 6 de novembro de 1817, falecia a princesa Charlotte de Gales, herdeira do trono britânico. Depois de 27 horas de trabalho de parto, a princesa deu à luz um bebê natimorto do sexo masculino na noite do dia 6 de novembro de 1817. O Dr. Croft, médico que estava atendendo a princesas durante o parto, recusou-se a utilizar o fórceps, com medo de machucar sua paciente. Ele preferia deixar que a natureza agisse sozinha. Infelizmente, as tentativas de ressuscitar o principezinho foram em vão. Muitos biógrafos responsabilizam a causa da morte da criança e da mãe a uma falha médica, que talvez pudesse ter sido evitada se o tratamento correto fosse aplicado. “Espero que tenhamos mais sorte da próxima vez”, foram as palavras da princesa diante do sofrimento de seu marido. Cansado depois de tantas horas de vigília e entristecido pela perda do filho, o príncipe Leopold se retirou para seus aposentos, com a intenção de descansar um pouco. Próximo da meia noite, Charlotte foi acometida de fortes tremores e hemorragia interna.

Na esperança de reanimá-la, o Dr. Croft lhe deu uma dose de vinho do Porto e colocou panos quentes sob seu abdômen. O Dr. Christian Stockmar, chamado às pressas, assistiu a essa sequência de erros de seus colegas de medicina de queixo caído. A vida ia se esvaindo gradativamente do corpo da princesa e nada mais de podia fazer. Quando percebeu a presença de Stockmar no quarto, Charlotte disse: “Stocky! Embriagaram-me!”. Foram as suas últimas palavras. A herdeira do trono morreu às 2h00 da madrugada do dia 6 de novembro, aos 21 anos, devido a uma ruptura no útero. A princesa fora sepultada em um magnífico túmulo na capela de São Jorge, no Castelo de Windsor. Dois anjos oram pela princesa, cuja figura esculpida em mármore se ergue para o alto. Um deles segura uma criança recém-nascida, enquanto o outro mantém as mãos cruzadas sobre o peito. Enquanto isso, figuras amortalhadas pranteiam a morte da herdeira do trono, criando assim uma verdadeira alegoria.

Dona Maria I de Portugal

Túmulo da rainha Dona Maria I de Portugal, localizado na Basílica da Estrela, em Lisboa. A soberana faleceu aos 81 anos na cidade do Rio de Janeiro, em 20 de março de 1816. O corpo, originalmente sepultado no Convento da Ajuda, foi trazido de volta para Portugal quando a família real regressou para a metrópole, em 1821.

Em 20 de março de 1816, a rainha Maria I de Portugal, Brasil e Algarves falecia aos 81 anos, no Convento do Carmo, no Rio de Janeiro. Tendo ascendido ao trono em 24 de fevereiro de 1777, Maria foi a primeira soberana na história portuguesa a herdar a Coroa por direito próprio, governando pessoalmente até o ano de 1792, quando foi considerada mentalmente instável para permanecer no poder. Porém, durante o período de seu reinado pessoal, Maria I (também conhecida como “A Viradeira” e “A Piedosa”), reverteu algumas reformas do Marquês de Pombal e investiu nas artes, na cultura e na educação. Mas, depois da morte de seu marido, D. Pedro III, e de seus filhos, os príncipes D. José e D. Maria Ana, ela desenvolveu uma tristeza profunda, que logo evoluiu para um quadro psicológico mais sério.

No Brasil, ela ficou pejorativamente conhecida como “Maria, A Louca”, sendo considerada responsável pela assinatura do mandato de morte de Tiradentes, numa época em que o governo estava praticamente nas mãos do príncipe D. João e dos ministros. Apesar disso, D. Maria foi a primeira monarca europeia a pisar em solo americano, no ano de 1808, quando a família real veio para o Brasil. Mulher profundamente religiosa, durante os oito anos em que permaneceu no Rio de Janeiro, Maria I viveu no Convento do Carmo, onde ela foi primeiramente sepultada. Seu corpo só foi transladado para Portugal em 1821, com o retorno da família real para a Europa. Uma vez lá, descobriu-se que o cadáver da soberana já estava em avançado estado de decomposição, pois seus restos mortais não haviam sido embalsamados. Em seguida, o governo organizou para ela um magnífico funeral de Estado e seu caixão foi sepultado em um belíssimo túmulo na Basílica da Estrela, prédio que a própria monarca mandara edificar durante o seu reinado.

Dona Carlota Joaquina

Túmulo de Dona Carlota Joaquina, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.

Em 7 de janeiro de 1830, falecia Dona Carlota Joaquina de Bourbon, rainha de Portugal, aos 55 anos. Carlota permaneceu rejeitada em seu retiro no Palácio de Queluz até o fim de seus dias, sem dinheiro para manter a casa e seu vestuário. Era a sombra da brilhante infanta que encantava os membros de nova família com sua espontaneidade e inteligência, ou da princesa imperiosa, que sonhou em se tornar rainha do Prata. No seu testamento, ela encomendava 1200 missas, sendo que 100 delas eram destinadas à alma de seu marido, D. João VI. Se foi por arrependimento ou qualquer outro sentimento, ao morrer a rainha se reconciliou pela última vez com seu cônjuge. Com efeito, os boatos da época afirmavam que ela havia misturado chá com arsênico, embora o laudo médico diga que a morte se deveu a uma “doença no útero”, provavelmente câncer. Atualmente, os pesquisadores têm demonstrado maior interesse em revisitar a biografia de D. Carlota, revelando a mulher através de suas cartas e documentos, desconstruindo assim essa imagem estereotipada com a qual muitos se acostumaram. Com toda certeza, ela foi uma das personalidades mais interessantes do início do século XIX e um modelo de transgressão feminina dentro da monarquia europeia oitocentista. Ela está sepultada no Panteão dos Bragança no Mosteiro São Vicente de Fora (Lisboa).

Dona Teresa Cristina, imperatriz do Brasil

Efígies tumulares de D. Pedro II e Dona Teresa Cristina na Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis (RJ).

Às 14h do dia 28 de dezembro de 1889, falecia na cidade do Porto, em Portugal, a imperatriz Teresa Cristina, aos 67 anos. A soberana vinha enfrentando problemas de saúde já há algum tempo, que se agravaram após o banimento da família imperial, em 16 de novembro de 1889. Teresa passava noites sem conseguir dormir, causando verdadeira preocupação entre seus circundantes. Um decreto do governo provisório, datado de 21 de dezembro, ratificava seu exílio, como também os impedia de manter propriedades no Brasil. Para Roderick J. Barman, “a notícia aniquilou a vontade de viver de D. Teresa Cristina” (2012, p. 522). Ela se queixava de frio e de dor nas costas e pedia com urgência para que um padre fosse chamado, sentindo que seu momento final se aproximava. Os ataques de asma se tornaram cada vez mais constantes naquele quarto frio do Grande Hotel do Porto e ela não resistiu. A soberana veio a óbito depois de sofrer uma parada respiratória, que levou a uma parada cardíaca. Quando soube da morte da Imperatriz do Brasil, a rainha Vitória escreveu no seu diário: “Muito chocada em saber da morte da pobre imperatriz do Brasil em Oporto, após somente alguns dias adoentada. A revolução sem dúvida matou-a. É triste demais”.

D. Pedro II, porém, não responsabilizou o novo regime. O monarca passara o dia 28 passeando, sem acreditar que o estado de saúde da esposa fosse tão grave, até que lhe chamaram às pressas na Academia de Belas-Artes. Enquanto o corpo de D. Teresa era embalsamado, ele anotou: “Não, não posso crer que meus patrícios talvez concorressem para a morte de quem verdadeiramente mais amei. Foi uma crueldade, e eu a causa, por ter me dado quase 50 anos de ventura! Quanto deverei mitigar com lágrimas essa última dor que ela quis compartilhar! Ninguém sabe como era boa, e sofria mais pelos outros do que por si (apud BARMAN, 2021, p. 524). Seu corpo, originalmente sepultado no Panteão dos Bragança no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, foi transladado para o Brasil em 1921, juntamente com o de D. Pedro II. Hoje, o casal imperial compartilha um túmulo imponente na Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis.

Grã-duquesa Elizabeth Feodorovna

Fotografia de Elizabeth Feodorovna tirada em 1894 e o corpo da grã-duquesa, amortalhado dentro de seu esquife na Igreja de Santa Maria Madalena, em Jerusalém.

Das janelas de seu Convento, Elizabeth Feodorovna assistiu à queda da autocracia russa, ao exílio de sua irmã, cunhado e sobrinhos para a Sibéria e a tomada do poder pelos bolcheviques em outubro de 1917. A partir de então, instaurou-se uma caça a todos os Romanov residentes no país. A grã-duquesa recusou quaisquer ofertas de abrigo e fuga que lhe foram oferecidas por seu primo, o kaiser Guilherme II, que na juventude se apaixonara por ela. Em 1918, a grã-duquesa foi retirada da irmandade de Maria e Marta e encaminhada para uma série de prisões em Perm, Ecaterimburgo e Alapayevsk. Ao lado dela estavam o grão-duque Sergei Mikhailovich, três filhos do grão-duque Constantino e um filho do grão-duque Paulo. Em 18 de julho de 1918, um dia depois do assassinato da família imperial, os prisioneiros foram conduzidos em carroças até uma mina abandonada. Um a um, eles foram atirados dentro da vala, seguidos por toras de madeira e granadas, que fizeram o local desabar.

Nem todos morreram imediatamente. Assim que os bolcheviques se dispersaram, um camponês se aproximou do lugar e escutou, bem distante, hinos religiosos entoados por uma voz feminina. Quando os corpos foram recuperados pelo exército branco em outubro daquele ano, o ferimento na cabeça de um dos meninos havia sido estancado por um lenço da grã-duquesa, usado para enfaixar o local. Elizabeth Feodorvona foi dada como morta naquele dia. Porém, tudo indica que ela sobreviveu tempo suficiente para prestar os primeiros socorros às vítimas atiradas na mina consigo. A fome e a insalubridade trataram de fazer o resto, ceifando sua vida aos 53 anos. Fiel aos preceitos da irmandade religiosa que ela mesma fundou, a princesa que se tornou freira prestou socorro aos fracos e doentes até sua morte. Sepultada posteriormente na Catedral de Santa Maria Madalena, em Jerusalém, hoje “Ella” é reconhecida pela Igreja Cristã Ortodoxa como a Santa Mártir Elizabetha Feodorovna.

Rainha Mary de Teck

Efígie tumular da rainha Mary de Teck e do rei George V na Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor.

Em 24 de março de 1953, falecia aos 85 anos a rainha Mary de Teck. Nascida em 26 de maio de 1867, no Palácio de Kensington, a princesa e futura rainha Mary de Teck era filha da princesa Maria Adelaide de Cambridge com Francisco, duque de Teck. Em 1892, ela ficou noiva de Albert Victor, filho e herdeiro do futuro rei Edward VII e neto da rainha Vitória. Infelizmente, no início do ano seguinte, Albert morreu de gripe russa e a jovem Mary aceitou a proposta de casamento do irmão dele, George, duque de York. Entre os filhos do casal, se encontram os reis Edward VIII e George VI. Com a morte de Eduardo VII, em 1910, Mary e George se tornaram rainha e rei da Grã-Bretanha e imperadores da Índia. Durante os anos da Primeira Guerra Mundial, a rainha Mary deu incondicional apoio ao rei George V, atuando conjuntamente com o marido. Proibiu o consumo de bebidas alcoólicas no palácio, pelo menos “enquanto durassem as hostilidades”, e se dedicou a ajudar os soldados feridos.

Não obstante, ela também obrigou outras mulheres de sua família a seguirem seu exemplo. Quando uma delas se queixou de que estava fatigada de visitar tantos hospitais, a rainha Mary respondeu: “pertenceis à família real de Inglaterra. Nós nunca nos cansamos e adoramos hospitais”. Seu senso de dever e abnegação foi adotado numa época em que a família real era vista com forte hostilidade por causa de suas origens alemãs. Para se identificar com o nacionalismo britânico, eles alteraram o nome da Casa Real para Windsor e varreram para debaixo do tapete suas conexões com outras dinastias estrangeiras, aproximando-se mais de seus súditos. Mary viveu o suficiente para presenciar o reinado de 6 monarcas britânicos, sendo a última deles sua neta, a rainha Elizabeth II. A viúva do rei George V faleceu cerca de três meses antes da coroação de sua neta. Atualmente, ela se encontra sepultada ao lado de seu marido, na Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor. Sua efígie esculpida em mármore apresenta as mãos unidas em sinal de oração. Embaixo do monumento, na vala real, repousa o ataúde da matriarca da Casa de Windsor!

Bibliografia Consultada:

AVELLA, Aniello Angelo. Teresa Cristina de Bourbon: uma imperatriz napolitana nos trópicos 1843-1889. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2014.

CASSOTTI, Marsilio. Carlota Joaquina: o pecado espanhol. Tradução de João Bernardo Paiva Boléo. Lisboa, Portugal: A Esfera dos Livros, 2009.

FRASER, Antonia. Maria Antonieta: biografia. Tradução de Maria Beatriz de Medina. 4ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2009.

KING, Greg. La última emperatriz de Rusia: vida y época de Alejandra Feodorovna. Tradução de Aníbal Leal. Buenos Aires, Argentina: Javier Vergara Editor, 1996.

LONGFORD, Elizabeth. Queen Victoria: born to succed. New Yor:  Haper & Row, 1964.

MARR, Andrew. A real Elizabeth: uma visão inteligente e intimista de uma monarca em pleno século 21. Tradução de Elisa Duarte Teixeira. São Paulo: Editora Europa, 2012.

ROBERTS, Jenifer. D. Maria I: a vida notável de uma rainha louca. Tradução de Edgar Rocha. – Alfragide: Casa das Letras, 2009.

WEIR, Alison. Elizabeth of York: a Tudor Queen and her world. – Nova York: Ballantine Books, 2014.

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