Por: Renato Drummond Tapioca Neto
No dia de 31 de agosto de 1997, um domingo, o mundo inteiro despertou com a trágica notícia do acidente que ceifou a vida de Lady Diana Spencer, aos 36 anos. Se viva, a mãe dos príncipes William e Harry estaria completando 60 anos em 2021 e algumas homenagens estão sendo preparadas em memória da eterna princesa do povo. O English Heritage, instituição de caridade que administra os patrimônios históricos na Inglaterra, pretende lançar uma placa comemorativa enaltecendo sua trajetória e trabalho social. Apesar do local exato para o memorial ainda ser incerto, muitos especulam que o apartamento onde Diana viveu meses antes de se casar com o príncipe Charles, em Earl’s Court, na zona oeste de Londres, seja o lugar mais indicado para tanto. Ali, a filha do conde Spencer viveu com suas três melhores amigas na fase que ela classificou como a “mais feliz” de sua vida.

A princesa Diana será homenageada com uma placa comemorativa no ano em que completaria 60 anos.
Atualmente, a princesa Diana pode ser considerada a ex-membro da Casa Real de maior prestígio a receber essa homenagem. Seu nome foi indicado pela Assembleia de Londres após uma consulta popular, pedindo aos londrinos que sugerissem personalidades femininas dignas de receber a famosa placa azul. Segundo Anna Eavis, diretora curatorial do English Heritage, o apoio da princesa na campanha ao combate à Aids e contra as minas terrestres foram fatores decisivos para que ela fosse eleita. Por seu apelo duradouro, Eavis considera Diana uma “inspiração e ícone cultural para muitos”. Feliz com a notícia, o irmão da falecida princesa, Charles, atual conde Spencer, compartilhou uma imagem no seu perfil no Twitter, contendo o modelo da placa e o processo de confecção do memorial.
Acredita-se que o apartamento onde Diana viveu, na propriedade de Coleherne Court, seja o local ideal para afixar o memorial. Seus pais lhe deram o imóvel de presente quando ela completou 18 anos em 1979, época em que ela passava seus dias trabalhando como babá, ajudante de cozinha e até como professora na creche Young England, localizada em Pimlico, no centro de Londres. Várias fotos tiradas por paparazzi e vídeos registram os momentos em que a jovem Lady Di deixava sua casa a bordo do seu Mini Metro para se dirigir ao trabalho. Sempre muito simpática, ela distribuía sorrisos discretos para as câmeras e algumas palavras gentis para os repórteres de plantão. Conforme a princesa diria anos mais tarde em seu depoimento para a biografia escrita por Andrew Morton, aqueles meses entre 1979 e o anúncio de seu noivado em fevereiro de 1981 seriam os mais felizes de sua vida. Depois disso, Diana se mudou para o palácio.

Lady Di saindo de seu apartamento em direção ao trabalho.
Em Coleherne Court, Lady Di vivia com mais três amigas: Anne Bolton, Virginia Pitman e Caroline Bartholomew (uma das fontes indicadas por ela para o jornalista Andrew Morton). O imóvel possuía três quartos, sendo que o de Diana era assinalado com uma placa que dizia “Chief Chick”. “Foi juvenil, inocente, descomplicado e, acima de tudo, divertido. Eu ri muito disso”, disse ela em seu depoimento para o livro de Morton. Ela cobrava de suas amigas um valor simbólico como aluguel (18 libras por semana) e as funções domésticas eram divididas entre as quatro, embora não raro a filha do conde Spencer assumisse as tarefas de suas colegas. Obcecada com limpeza, Diana faxinava inclusive o apartamento de sua irmã, Sarah, nos finais de semana. Foi enquanto morava em Coleherne Court que ela e Charles começaram a namorar.

Atualmente, a princesa Diana pode ser considerada a ex-membro da Casa Real de maior prestígio a receber essa homenagem.
Quase 24 anos depois de sua morte, a lembrança da princesa Diana ainda não se extinguiu da memória coletiva. Segundo Anna Eavis, isso se deve à facilidade com que ela tinha para se comunicar com pessoas de diferentes extratos sociais:
Acho que o que atraiu o painel quando eles estavam considerando sua nomeação foi que ela é inegavelmente uma figura significativa na Grã-Bretanha do final do século XX, com uma associação próxima a Londres, obviamente. […] Ela desempenhou inegavelmente um papel importante no desestigmatização do HIV / Aids e também no final de sua vida participou nessas campanhas anti-minas, que também foram muito importantes.
Além da princesa Diana, outras cinco mulheres serão homenageadas com a placa azul em lugares associados às suas vidas. A placa da cristalógrafa e ativista da paz, Dame Kathleen Lonsdale, por exemplo, será inaugurada na quinta-feira, 50 anos após sua morte, em sua antiga casa no leste de Londres. No final do ano, mais monumentos serão erguidos em memória da estilista Jean Muir, da ativista antiescravista e também ex-escrava Ellen Craft, da advogada Helena Normanton e da reformadora social Caroline Norton.
Fonte: Sky News – Acesso em 06 de abril de 2021.
Muito merecido, apesar de acreditar que o reconhecimento deve ser em vida…boa materia Renato, parabens!
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Que esta homenagem seja meio de chegar ao céu…tal como as perseguições que teve de enfrentar a milhares de olhares. Assim sendo,o sensato é a dedicação evangélica,e Deus seja louvado,a todas as almas que habitam o seu amor, seja o significado perante o nome de Jesus aos que estão sentados á sua direita sobre o seu olhar,perfeitamente unidos a Deus…
Deus, é demasiadamente precioso aos que habitam o seu amor 🙏🙏
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