Desde o surgimento da civilização, a humanidade percorreu um longo caminho. Não só estruturas governamentais foram criadas e modificadas, como também as relações sociais dos seres humanos e para com a natureza. As pessoas evoluíram tanto no plano emocional quanto no intelectual. Mas sua aparência se desenvolveu com o passar dos séculos. Ao contemplarmos nossa face refletida no espelho, observamos ali o resultado de muitas transformações. Com base nisso, o escultor e arqueólogo sueco Oscar Nilsson construiu esculturas impressionantes de uma série de pessoas de diferentes lugares e épocas do planeta, usando ossos encontrados em escavações como base para o processo criativo.
As reconstruções faciais desenvolvidas por Oscar retratam pessoas situadas em espaços e temporalidades diferentes, passando-nos uma visão impressionante de como esses sujeitos teriam se parecido em vida. “Ao usar essa técnica forense, é possível ver a aparência de um indivíduo, embora haja milhares de anos entre nós”, disse Nilsson ao site My Modern Met. “É uma forma de tornar a história mais íntima, emocional e pessoal, e uma forma de se sentir mais próximo dos indivíduos.”
Usando uma combinação de pesquisa científica e sensibilidade artística, Nilsson baseou cada escultura em restos de ossos reais que encontrou durante escavações arqueológicas. Ele explica: “A técnica é baseada em medições da profundidade do tecido do rosto e na reconstrução dos músculos faciais.” Cada escultura incrivelmente realista revela uma quantidade impressionante de detalhes, incluindo estrutura óssea, pelos faciais e até rugas.
Em uma peça, o arqueólogo recriou o busto de uma jovem grega que viveu há 9.000 anos, durante a era mesolítica (cerca de 7.000 aC). Apresentando uma mandíbula protuberante e uma expressão carrancuda, sua aparência impressionante dá alguns lampejos sobre como era a vida na época em que viveu. Acredita-se que sua mandíbula forte tenha sido o resultado da mastigação pele de animal para transformá-la em couro macio (uma prática comum entre as pessoas daquela época). “Tendo reconstruído muitas mulheres e homens da Idade da Pedra”, diz Nilsson, “acho que algumas características faciais parecem ter desaparecido ou ‘suavizado’ com o tempo”.
Com a ajuda de uma equipe de artesãos e cientistas especializados, Nilsson oferece esculturas históricas de pessoas a museus do mundo todo. Você pode descobrir ainda mais sobre seu trabalho fascinante em seu site (clique aqui).

Rainha Huarmey

Adelasius Elbachus, século VIII d.C.

Estrid Sigfastsdotter, século XI d.C.

Uma jovem que viveu durante a Idade da Pedra, cerca de 5.500 anos atrás.

Homem britânico da era saxônica.

Birger Jarl, governante da Suécia de 1248 até sua morte em 1 de outubro de 1266.

Mulher de Neandertal.

Mulher de Neandertal.

Homem britânico da Idade do Ferro.

Uma adolescente da era mesolítica.

Mulher de ascendência romano-britânica.

Um homem que viveu há cerca de 3.700 anos durante a Idade do Bronze.

Homem que viveu em algum momento entre os anos de 1470 a 1530.
Interessante demais!
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Uau ! Isto nos dá a dimensão de que nada fica no esquecimento. E o escultor um verdadeiro artista.
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