A rainha Vitória do Reino Unido, que neste ano completou 200 anos desde o seu nascimento, ocorrido em 24 de maio de 1819, juntamente com seu consorte, o príncipe Albert, protagonizou uma das uniões politicas mais bem sucedidas da história britânica. Esse enlace, por sua vez, restaurou o respeito da família real junto aos olhos dos ingleses, como também moldou os casamentos da realeza europeia a partir do século XIX. Somos geralmente tentados a olhar com admiração e uma certa dose de romantismo para a intimidade entre a monarca e o príncipe, que já foi abordada em muitos livros e retratada em vários filmes, como em A jovem rainha Vitória (2009) e mais recentemente na série que leva o nome da soberana. Os dois ficaram noivos em 1839, casando-se em 10 de fevereiro do ano seguinte. Apesar do noivado curto, existem várias cartas que revelam o interesse afetivo que ambos nutriam um pelo outro. Algumas delas serão exibidas ao público pela primeira vez.

A rainha Vitória, juntamente com seu consorte, o príncipe Albert, protagonizou uma das uniões politicas mais bem sucedidas da história britânica.
A rainha Vitória relutou por dois anos, desde sua ascensão ao trono em 1837, em firmar compromisso com o primo. Dias antes da chegada de Albert, em 1839, ela ainda estava indecisa e bastante reticente quanto a qualquer declaração formal. Situação essa que se desfez logo após os dois se encontrarem. Numa das cinco cartas de amor que eles trocaram durante a estadia do príncipe no castelo de Windsor, em outubro daquele ano, uma Vitória apaixonada salta das páginas e implora ao enamorado se “você pode vir sozinho até mim por um momento”, assinando como “Sua Devotada V.”. O jovem respondeu com um carinhoso “minha querida e amada, Vitória”:
Estou tão tocado pela evidência de confiança que você me concede nas suas cartas enviadas, e pelos sentimentos tão afetuosos expressos por meio delas, que eu mal sei como lhe responder.
Como eu ganhei tanto amor e tanta bondade calorosa?
Ainda não consigo me acostumar com a verdade de tudo o que vejo e ouço e só posso acreditar que o Céu enviou um anjo para mim, cujo brilho se destina a iluminar minha vida.
Que eu consiga fazer você tão feliz quanto merece ser !!
Permaneço de corpo e alma, para sempre seu escravo.
Seu devotado,
Albert.

Carta do príncipe Albert endereçada à sua noiva, Vitória, em outubro de 1839.
Apesar de o príncipe Albert saber se comunicar em inglês, ele e sua esposa preferiam se corresponder em alemão, língua que Vitória dominava desde os três anos de idade, talvez para proteger o seu conteúdo das outras pessoas. As cartas foram cuidadosamente guardadas no Royal Archives, no Castelo de Windsor, efazem parte de uma seção de 23.500 documentos e coleções que estão sendo digitalizadas pela primeira vez. Cópias das cartas serão exibidas neste fim de semana no Goethe-Institut para coincidir com o Festival da Grande Exposição, em Londres.
Fonte: EXPRESS UK – Acesso em 04 de julho de 2019.
Own sou apaixonada pela história dos dois. Uma pena ele ter morrido tão jovem. Acho que são fosse por isso eles teriam sido o casal com mais descendentes da história rs.
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Eu não posso ver um Albert e Vitória que já saiu correndo para ler.
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Que carta linda e romântica !
Que sonho!
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