Imperatriz de Todas as Rússias: 12 fatos incríveis sobre Catarina, a Grande, que talvez você não saiba!

Catarina, a Grande, veio de um principado alemão para a Rússia quando adolescente e se tornou uma das mais importantes líderes da história. Durante seu reinado de 34 anos, ela transformou a cultura russa enquanto expandia as fronteiras do país. Nesse post, selecionamos 12 fatos sobre seu governo incomparável, que será objeto não apenas de uma, mas de duas séries que estão a caminho: Catherine the Great, que estreia esse ano na HBO, e The Great, com lançamento previsto para no 2020 no canal Hulu.

1 – SEU NOME NÃO ERA CATARINA

A mulher que se tornaria Catarina, a Grande, nasceu Sofia Frederica Augusta de Anhalt-Zerbst, em 21 de abril de 1729 (calendário juliano), em Stettin, na Prússia (hoje Szczecin, Polônia). Ela era filha de Cristiano Augusto, um príncipe germânico e general no exército prusso, e da princesa Joana Elizabeth, que tinha conexões com a família real russa.

Apesar de ser uma princesa, a jovem Sofia não estava exatamente no topo da nobreza europeia. Mas, graças à campanha de sua mãe, ela foi escolhida para se casar com Karl Peter Ulrich (conhecido depois como o czar Pedro III), herdeiro do trono russo. Os noivos de casaram em 21 de agosto de 1745. Sofia se converteu à igreja ortodoxa – a despeito das objeções luteranas de seu pai – e tomou um novo nome russo: Ekaterina, ou Catarina. Seu título oficial seria Imperatriz Catarina II (a primeira Catarina foi a esposa do czar Pedro I).

2 – SEU RELACIONAMENTO COM PEDRO ERA DIFÍCIL

Catarina e Pedro eram um casal que não combinavam muito bem. Enquanto ela era brilhante e ambiciosa, Pedro, de acordo com a Enciclopédia Britânica, era “mentalmente fraco”. Catarina não gostava dele: “Pedro III não tinha maior inimigo que si mesmo; todas as suas ações beiravam a insanidade”, ela escreveu em 1789. Sua memórias retratam o czar como um bêbado, um simplório e alguém que “tomava prazer em bater em homens e animais”. Sejam essas declarações verdadeiras ou não, Catarina e seu esposo eram claramente infelizes, e ambos tinham casos extraconjugais. Catarina teve pelo menos três amantes, e dizem que nenhum dos seus filhos pertencia ao seu marido.

3 – ELA DERRUBOU SEU MARIDO DO TRONO PARA PODER GOVERNAR

Pedro III assumiu o trono em 5 de janeiro de 1762 e se tornou imediatamente impopular. Ele enfureceu os militares ao tirar o país da Guerra dos Sete Anos, fazendo grandes concessões aos adversários da Rússia nesse processo.

Eventualmente, Catarina acreditava que Pedro iria se divorciar dela – então ela trabalhou com seu amante, Gregório Grigoryevich Orlov, e seus outros aliados para derrubar o czar do trono e toma-lo para si. Em julho de 1762, apenas seis meses após herdar a coroa, Pedro III foi deposto por um golpe de estado. Oito dias depois, foi assassinado enquanto estava sob custódia de um dos conspiradores de Catarina.

Com Pedro fora do jogo, Catarina se tornou a nova imperatriz da Rússia. Ela foi formalmente coroada no dia 22 de setembro de 1762. Ela nunca se casou novamente e teve inúmeros amantes durante seu longo reinado.

4 – ELA MANTINHA CORRESPONDÊNCIA COM VOLTAIRE

Catarina, uma bibliófila, comprou uma coleção de 44.000 livros. No início de seu reinado, ela começou uma correspondência com um de seus autores favoritos: o grande filósofo do século XVIII, Voltaire. A Rússia o fascinava, tanto que chegou a escrever uma biografia de Pedro, o Grande. Catarina nunca teve a chance de o conhecer pessoalmente, mas através de suas cartas, ela e Voltaire discutiam sobre tudo, desde a prevenção de certas doenças até o amor de Catarina pelos jardins ingleses.

5 – CATARINA ANEXOU A CRIMEIA

O interesse russo na Península da Crimeia antecede bastante Vladimir Putin. Depois da Guerra Turco-Russa, que durou de 1768 a 1774, Catarina aproveitou a massa de terra, fortalecendo assim a presença da Rússia no Mar Negro. E suas conquistas não terminaram aí. Mais de 200.000 milhas quadradas de novo território foram adicionadas ao império russo durante seu governo. Grande parte dela foi adquirida quando a a outrora independente da Polônia, foi dividida entre a Áustria, a Prússia e a Rússia. A fatia da czarina Catarina continha partes da Lituânia, da Letônia e da Ucrânia atuais.

6 – A GRÃ-BRETANHA PEDIU SUA AJUDA CONTRA OS ESTADOS UNIDOS

Em 1775, o conde de Dartmouth se aproximou de Catarina com um pedido de 20 mil soldados russos para ajudar a Grã-Bretanha a acabar com a rebelião colonial na América. Ela recusou. Enquanto a guerra continuava, os diplomatas britânicos continuavam tentando estabelecer uma aliança com a Rússia, esperando que a imperatriz ou enviasse ajuda militar ou, fracassando, pressionasse a França a abandonar a causa americana. Catarina não fez nada disso. No entanto, por preocupação com os interesses dos navios russos no Atlântico (e em outros lugares), ela tentou mediar o fim da violência entre a Grã-Bretanha e suas colônias rebeldes em 1780.

7 – O ALASCA FOI COLONIZADO SOB SUA SUPERVISÃO

Exploradores russos estavam visitando o Alasca desde 1741, mas o império não estabeleceu sua primeira colônia permanente até 1784, quando o comerciante Grigory Shelikhov navegou para a Ilha Kodiak e estabeleceu a Colônia da Baía dos Três Santos. Mais tarde, em 1788, ele visitou Catarina em São Petersburgo e perguntou se ela daria à sua empresa o monopólio do lucrativo comércio de peles da região. Ela negou seu pedido, mas agradeceu ao explorador por “[descobrir] novas terras e povos em benefício do estado”. A presença colonial da Rússia na América do Norte continuaria depois da morte de Catarina – e não se limitava ao Alasca.

8 – CATARINA ABRAÇOU A INOCULAÇÃO

Thomas Dimsdale, um médico inglês, baseou-se em uma técnica existente para imunizar pessoas à varíola. A técnica envolvia encontrar um portador da doença, depois pegar uma lâmina mergulhada em uma quantidade muito pequena de “matéria verde, crua ou aquosa” das pústulas daquela pessoa e injetá-la no corpo do paciente. Na Rússia do século 18, a varíola custou milhões de vidas, então Catarina estava ansiosa para ver se a estratégia de Dimsdale funcionava. A convite dela, ele veio para a Rússia e silenciosamente inoculou a imperatriz. O procedimento foi um sucesso e, com o incentivo da czarina, Dimsdale inoculou cerca de 150 membros da nobreza. Antes do final do século, aproximadamente 2 milhões de russos haviam recebido inoculações de varíola.

9 – UM REBELDE REIVINDICOU A IDENTIDADE DE SEU MARIDO MORTO

As crenças de Catarina, alimentadas pelo Iluminismo, não levaram ao fim da servidão. De acordo com Marc Raeff, no seu livro Catherine the Great: A Profile, “Durante o seu reinado foi possível comprar e vender servos com ou sem terras, comprar famílias inteiras ou indivíduos, realizar transações na propriedade ou no mercado; contemporâneos denominaram tudo isso ‘ verdadeira escravidão. ‘”

O arranjo injusto desencadeou 160 revoltas camponesas documentadas nos primeiros 10 anos do reinado de Catarina. O mais conhecido deles foi Rebelião de Pugachev (1773-1775), organizado por Yemelyan Pugachev, um veterano das guerras russo-turcas. Para ganhar apoio, ele se apresentou como o cônjuge deposto e falecido de Catarina, Pedro III (embora Pugachev não se parecesse em nada com Pedro). Pugachev e seus seguidores desfrutaram de grandes vitórias militares logo no início, mas depois de uma derrota esmagadora em agosto de 1774, a revolução deles se desfez. Pugachev foi capturado e executado em Moscou em 10 de janeiro de 1775.

10 – A COLEÇÃO DE ARTE DE CATARINA FOI A BASE PARA A CRIAÇÃO DO MUSEU HERMITAGE

Em 1764, Catarina comprou um conjunto de 225 pinturas – incluindo obras de Rembrandt e Frans Hals – de um comerciante de Berlim, e fundou o Hermitage com essas obras. Catarina passou a comprar ou encomendar milhares de peças adicionais para o seu museu. Hoje, o Museu Hermitage do Estado possui mais de 3 milhões de itens em suas coleções.

11 – CATARINA É A GOVERNANTE FEMININA DE REINADO MAIS LONGO NA RÚSSIA

Trinta e quatro anos depois de assumir o trono, Catarina faleceu em 6 de novembro de 1796. A monarca foi sucedido por seu filho, o czar Paulo I.

12 – RUMORES COMEÇARAM A CIRCULAR APÓS SUA MORTE

Muitos rumores surgiram após a morte de Catarina. Um deles dizia que ela havia morrido enquanto estava no banheiro. Já outro – o mais persistente e completamente infundado – afirmava que Catarina foi esmagada até a morte enquanto tentava fazer sexo com um cavalo. De onde exatamente veio a história, é desconhecido; uma autópsia determinou que a imperatriz realmente morreu de um derrame cerebral.

FONTE: Mental Floss – Acesso de 11 de maio de 2019.

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