Mais um novo impasse se coloca entre o descanso dos remanescentes humanos de Alexei Romanov e uma de suas irmãs: desconfiada de que os ossos encontrados no ano de 2007 não pertençam aos filhos do último czar, a Igreja Ortodoxa Russa exige novos testes de DNA que, por sua vez, assegurem a identidade dos corpos. “As pessoas têm duvidas. Queremos uma investigação mais aprofundada e que quaisquer testes sejam feitos na presença de oficiais da Igreja”, disse o porta-voz da Igreja Ortodoxa, Vsevolod Chaplin. Ele também afirmou que o grupo de trabalho, criado pelo Primeiro Ministro Dmitry Medvedev, já havia concordado com o pedido e que a Igreja também requisita novos testes a serem feitos com os corpos dos outros membros da família Romanov, sepultados na Catedral de São Pedro e São Paulo.

Maria e Alexei Romanov, em foto tirada no ano de 1910.
A Igreja Ortodoxa continua se recusando a acreditar no resultado dos testes de DNA feitos com os remanescentes humanos achados em 2007, retardando assim o sepultamento das duas últimas crianças, que estaria marcado para o dia 18 de outubro deste ano. Mesmo a atual chefe da casa imperial russa, Maria Vladmirovna, considera que tal sepultamento poderia ser “prematuro”. Na opinião de Chaplin, uma vez que “essas pessoas [os Romanov] foram canonizadas, e os seus restos mortais são considerados relíquias sagradas para os quais os devotos rezam, por esta é razão é muito importante se certificar [da identificação dos mesmos]”.
Muitos descendentes dos Romanov planejam viajar para a Rússia a fim de estarem presentes na cerimônia de sepultamento de Alexei e sua irmã (Maria ou Anastásia?) em outubro, após a resolução deste impasse. Um porta-voz da família imperial, Ivan Artsishevsky, disse que “estamos muito felizes que essa estória esteja chegando ao fim, mas ao mesmo tempo existe uma amargura pelo fato de a Igreja não ter reconhecido os restos”. Os primeiros remanescentes foram encontrados no ano de 1979 em Ecaterimburgo, mas permaneceram enterrados onde estavam até o fim da União Soviética, em 1991.

Czarina Alexandra e o czarevich Alexei, aos 2 anos de idade.
Em 2008, especialistas russos e americanos confirmaram que os restos mortais desenterrados em 1991 pertenciam ao czar e sua família graças aos testes de DNA feitos com os ossos das vítimas e alguns de seus parentes vivos. Além disso, alguns objetos ajudaram na identificação dos corpos, como uma camisa manchada com o sangue de Nicolau II, hoje preservada no Museu Hermitage. O czar, sua esposa Alexandra, suas filhas Olga, Tatiana e Anastásia (ou Maria) e alguns servos, foram sepultados em São Petersbugo no ano de 1998, numa cerimônia realizada pelo então presidente Boris Yeltsin.
Contudo, os remanescentes de Alexei e uma de suas irmãs (Maria ou Anastásia) não foram achados. Em 2007, os ossos de um menino de 13 anos e de uma garota entre 17 e 19 anos foram descobertos numa cova a 43 milhas de distância da dos demais membros dos Romanov. Testes foram feitos nos remanescentes por especialistas russos. De acordo com o resultado, ambos os corpos tinham a mesma sequência de DNA mitocondrial de Alexandra Feodorovna. Em seguida, conseguiu-se comprovar que as sequências também batiam com as da amostra de sangue na camisa de Nicolau, proveniente de um ferimento que o czar sofreu na orelha enquanto estava no japão, em 1891. Segundo a equipe responsável pela exumação dos remanescentes humanos, é 4 milhões de vezes mais provável que aquelas duas crianças fossem filhas de Nicolau e Alexandra do que se fossem pegas aleatoriamente.

Túmulos da família Romanov, na fortaleza de São Pedro e São Paulo, em São Petersburgo.
Numa decisão controversa, a Igreja Ortodoxa Russa decidiu canonizar a família Romanov em 2000. Contudo, certos grupos foram contra essa atitude, por considerem Nicolau II um autocrata. Para alguns, não resta dúvida de que os remanescentes encontrado em 2007 pertencem aos dois filhos do czar. “Eu acredito absolutamente, definitivamente e cientificamente que estes restos pertencem a Alexei e Maria”, disse Sergei Mironenko, que é um membro da Força-tarefa do Governo. Porém, até o novo teste de DNA sere feito, os corpos das duas crianças continuarão armazenados num repositório, dentro do State Archives, onde permanecem desde que foram descobertos.
Fontes: The Guardian, International Business Times e Yahoo! News
Que legal =)
Qual o nome da terceira menina da primeira foto?
http://diariodelolivlet.blogspot.com.br/
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Anastásia
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Espero que consigam realmente resolver essa questão, para que possa haver o sepultamento dos corpos certos.
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