Por: Renato Drummond Tapioca Neto
Não é de hoje que os historiadores vem reavaliando as contribuições da primeira imperatriz do Brasil no processo de emancipação política do país. Em 1997, por ocasião do bicentenário de seu nascimento, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro organizou uma grande conferência em homenagem à primeira esposa de D. Pedro I, com a inauguração de uma estátua da mesma, nos jardins do Museu Nacional, antiga morada da imperatriz. O fascínio que ronda a figura de Leopoldina se dá, entre outros fatores, por ter sido ela uma das personagens mais importantes da história do primeiro reinado, embora sua atuação política ainda seja desconhecida para alguns. A explicação para isso foi dada na matéria “Leopoldina: nos bastidores do grito”, publicada pela edição n° 86 da revista “Galileu” (setembro 1998). Em detrimento dos livros escolares, que a abordam como uma personalidade à sombra do marido, teve uma participação decisiva no episódio da independência, conforme ressalta o texto.
A matéria, escrita por Cláudio Fragata Soares, é composto de 11 páginas acompanhadas de ilustrações que remetem à vida da soberana. Segundo o autor, “pouca gente sabe que era Leopoldina quem ocupava a regência do Brasil quando Pedro I fez sua famosa viagem à província de São Paulo, em 1822, e que culminou com a proclamação da independência no dia 7 de setembro” (1998, p. 88). O texto ainda acompanha transcrição de alguns documentos que atestam a participação da imperatriz na emancipação política do país, como a carta que ela enviara ao marido em 2 de setembro com o profético trecho: “O Brasil vos quer para seu monarca. Com o vosso apoio ou sem o vosso apoio ele fará a sua separação. O pomo está maduro, colhei-o já, senão apodrece”. Além disso, encontramos a opinião de alguns historiadores, como Viviane Tessitore. pesquisadora de Leopoldina.
Destarte, o Rainhas Trágicas traz para você os scans desse material super raro. Aproveite!
Confesso, ignorava. Uma delicia de post, com mais uma rainha incrível.
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A independência do Brasil era esperada. A Princesa Leopoldina deu apenas “um empurrãozinho”
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Na página 90 da matéria da Galileu há uma informação equivocada. A Princesa Francisca Carolina, filha de Leopoldina, não foi imperatriz da Áustria, mas sim esposa do Príncipe de Joinville, da França.
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