Por: Renato Drummond Tapioca Neto
Quando a princesa Alexandra da Dinamarca se casou com Bertie, príncipe de Gales, em 1863, deparou-se com uma família real ainda enlutada pela perda de seu patriarca, falecido um ano e cinco meses antes. A corte do Palácio de Buckingham reproduzia uma atmosfera frugal, sintomática do estado de espírito da rainha Vitória. Os casamentos de seus três filhos mais velhos faziam com que a monarca de 46 anos se recordasse com tristeza da antiga felicidade, perdida após a morte do marido. Em sua dor, ela chegou a responsabilizar Bertie pela moléstia que tirou a vida do príncipe consorte. A partir de então, o relacionamento entre a soberana e o herdeiro permaneceria bastante estremecido. Tudo isso mudou quando a jovem e bela Alix desembarcou na Inglaterra, trazendo consigo um pouco da alegria e disposição que faltavam àquela família. Vitória, por sua vez, passou a simpatizar bastante com a nora e, vendo a ternura com que era tratada pelo marido, aos poucos foi se reaproximando dele também. Contribuiu para isso a gravidez da nova princesa de Gales, anunciada meses depois do casamento. O primeiro filho do casal, batizado de Albert Victor, em homenagem ao finado avô, nasceu em janeiro do ano seguinte.

Alexandra da Dinamarca com seu primeiro filho, Albert Victor, duque de Clarence e Avondale, em 1864.
Ao dar à luz um herdeiro do sexo masculino, Alix finalmente havia cumprido o principal dever de uma princesa estrangeira: gerar sucessores para o trono. Mas sua esfera de atuação não se limitava apenas a servir de útero real para as próximas gerações de príncipes e princesas. Embora tenha sido dito que Alexandra era desinteressada por política, seu partidarismo ficou claro na guerra dinamarquesa de 1864, envolvendo a Prússia e a Áustria. Mesmo sabendo que a família real britânica era pró-alemã, Alix convenceu o marido a se manifestar a favor da Dinamarca. Com a vitória da Confederação Germânica, porém, os ducados de Schleswig-Holstein passaram a fazer parte dos territórios austríacos e prussianos. As humilhações impostas pelo futuro chanceler alemão, Otto von Bismarck, à família real dinamarquesa jamais seriam esquecidas por ela. Essa questão voltaria a causar desconforto entre os membros da família real britânica quando os austríacos reivindicaram o governo dos ducados para a Casa de Schleswig-Holstein-Sonderburg-Augustenburg. Para piorar a situação, a rainha Vitória arranjou o casamento de sua terceira filha, Helena, com o príncipe Cristiano de Schleswig-Holstein. As bodas foram celebradas na capela de São Jorge, no castelo de Windsor, em 5 de julho de 1866.
Ao ver os estandartes dos ducados pendurados na capela no dia da cerimônia, Alexandra ficou contrariada, dizendo que os territórios “pertencem a papai”. A princesa Alice, futura grã-duquesa de Hesse-Darmstadt, também censurou a mãe por usar sua irmã numa união que prejudicava a Prússia, que naquele momento estava em guerra contra a Áustria pela posse dos ducados. Dois meses depois, os prussianos, liderados por Bismark, venceram o conflito e confirmaram definitivamente a posse de Schleswig-Holstein por meio do Tratado de Paz de Praga, assinado em 6 de agosto daquele ano. Com o tempo, a princesa de Gales aprenderia a colocar os interesses britânicos na frente dos dinamarqueses. Por outro lado, ela não conseguia disfarçar seu desconforto com tudo que dizia respeito aos alemães. Certa ocasião, quando estava fazendo um tratamento nas águas de Wiesbaden, recebeu um convite do rei da Prússia para uma visita. A princesa estava prestes a digitar um telegrama bastante descortês, recusando o convite, quando seu marido mudou de planos e resolveu aceitar. Após o encontro, Alix chegou em casa apoiada numa bengala, causando preocupação ao seu mordomo, sir Francis Knollys. “Não é por estar passando mal”, disse ela a Knollys, “mas sim de fúria por ser obrigada a estar com o rei da Prússia”.
Outro ponto de divergência entre Alexandra e a família real dizia respeito à criação dos filhos. Em 3 de junho de 1865, ela deu à luz o príncipe George, garantindo assim um herdeiro suplente para o trono. A rainha Vitória queria que os dois netos fossem educados conforme o plano criado pelo príncipe Albert duas décadas antes. Bertie, que sofrera bastante com aquele modelo rígido de ensino, estava decidido a seguir uma linha oposta, proporcionando aos filhos uma infância mais feliz e despreocupada. “Bertie tem de compreender que tenho pleno direito de interferir na educação das crianças”, bradava a rainha Vitória, chateada. Ao contrário da sogra, Alexandra era uma mãe extremamente carinhosa. Mrs. Blackburn, ama principal dos príncipes, recordou-se de que “não havia momento em que ela estivesse tão feliz como quando podia correr para o quarto das crianças, vestir uma camisa de flanela, dar banho nos filhos e vê-los adormecer nas suas caminhas”. As fotografias da princesa de Gales com as crianças sugerem que ela era uma mãe nada convencional para os padrões da realeza. Ela passava horas brincando com elas, criando o mesmo clima de descontração que experimentara enquanto princesa dinamarquesa.

Fotografia da princesa de Gales enquanto se curava da febre reumática, em 1867.
Com efeito, o vínculo criado entre Alix e seus filhos na infância perduraria até a vida adulta. Chamavam-na ternamente de “encantadora e querida mamãe”. Por outro lado, ela acabou desenvolvendo um sentimento de posse com relação a eles, especialmente com as filhas. Em 20 de fevereiro de 1867, depois do parto da princesa Louise, futura princesa real e duquesa de Fife, Alexandra contraiu febre reumática. Durante a enfermidade da esposa, Bertie foi acusado de indiferença, preferindo se dedicar à caça e a outros esportes, em vez de permanecer ao lado da enferma. Felizmente, a princesa de Gales sobreviveu à doença, mas não sem sequelas. Sua compleição física, que já era delgada, ficou ainda mais frágil: os cabelos, que nunca foram volumosos, foram ficando ralos, fazendo com que Alexandra recorresse ao uso de extensões capilares e de perucas no futuro; além da cicatriz no pescoço, que era escondida com o uso de gargantilhas, a princesa desenvolveu um leve coxear. Seus vestidos então precisaram ser adaptados para melhor disfarçar essa condição. Mas, algo que poderia parecer embaraçoso para a futura rainha, acabou se transformando em moda. Logo, o “caminhar à Alexandra” se tornou tendência entre as damas da aristocracia do período.
A princesa de Gales costumava ser bastante elogiada pela forma como usava a moda. Geralmente, ela combinava duas peças de cores diferentes sobre uma armação de crinolina; o talhe de sílfide ficava ainda mais delgado pelo uso de espartilhos. Como a rainha Vitória havia se ausentado da vida social após a morte do príncipe consorte, Alexandra e Bertie assumiram várias funções em nome da Coroa. Juntos, o casal de Gales reuniu em torno de si membros da alta sociedade nas suas propriedades de Marlborough House, em Londres, e Sandringham House, em Norfolk. A princesa, que tinha um gosto afinado para decoração, preparou ambientes adequados para cada tipo de recepção, como sala de visitas, um espaço para os convidados do príncipe fumarem seus charutos havana, sala de bilhar e a biblioteca. Embora nem Alix ou Bertie fossem exímios leitores, a princesa gostava especialmente dos contos de Hans Christian Andersen. Ela compensava sua falta de erudição através de conversas intelectualizadas com homens e mulheres que frequentavam seu círculo de amizades, onde era constantemente bajulada. Assim, a ferida deixada pela ausência da rainha na cena londrina logo foi cicatrizada pelo príncipe e pela princesa de Gales, despertando com isso os ciúmes da monarca.
Embora tenha ficado com a perna semiparalisada em decorrência da febre reumática, Alexandra não abandonou a prática da equitação, da caminhada ou dos exercícios físicos. Nos bailes, ela podia ser vista dançando a valsa, a polca e quadrilhas ao lado do marido e dos seus amigos, o que ajudou a manter uma compleição física delgada. Sua família, que crescia aos poucos, desfrutava de relativa paz doméstica. Depois de se recuperar da doença, Alix ficou novamente grávida, dando à luz uma menina no dia 6 de julho de 1868, batizada de Victoria Alexandra, em homenagem à avó e à mãe da criança. Pouco depois, o casal de Gales partiu em turnê real, representando a soberana britânica. Eles visitaram a Irlanda, a França, a Grécia e a Turquia. No caminho para o Egito, passaram pela Áustria, sendo recebidos em Viena pelo imperador Francisco José e por sua esposa, a icônica imperatriz Elisabeth “Sissi”. Como era de se imaginar, começaram a surgir alguns comentários comparativos entre a princesa de Gales e a imperatriz da Áustria, sete anos mais velha. Apesar de serem reconhecidas pelos periódicos de moda como as mulheres mais bem-vestidas do período, Alix e Sissi tinham pouco em comum, exceto o amor pelos cavalos.

As princesas Dagmar (Maria Feodorovna) e Alexandra da Dinamarca, em 1875. Fotografia de Charles Bergamasco.
Após uma agradável temporada no Egito, marcada por festas no rio Nilo, os príncipe e a princesa de Gales regressaram ao Reino Unido. Alguns meses mais tarde, Alexandra demonstrou sinais de sua quinta gravidez. Em 26 de novembro de 1869, nasceu a princesa Maud, futura rainha consorte da Noruega. No ano seguinte, estourou na Europa a guerra franco-prussiana, que culminou com a derrocada do segundo império francês no dia 4 de setembro. Napoleão III e sua esposa, a imperatriz Eugénia de Montijo, receberam asilo da Inglaterra. Naquele período, Alexandra estava grávida pela sexta vez. A criança, batizada de Alexandre John, veio ao mundo prematuramente no dia 6 de abril de 1871. Infelizmente, o príncipe não resistiu e faleceu no dia seguinte. A perda do filho deixou Alix inconsolável. Embora a medicina estivesse mais sofisticada no período, a taxa de mortalidade infantil ainda era muito alta, mesmo entre os membros da realeza. Não obstante, as sucessivas gestações cobraram um preço alto ao corpo da princesa. Além das sequelas da febre reumática, ela acabou desenvolvendo otosclerose. Com o passar dos anos, sua audição foi ficando cada vez mais comprometida, fazendo com que Alix se isolasse um pouco da vida social.
Em janeiro de 1874, o cunhado de Alexandra, Alfred, duque de Edimburgo, se casou em São Petersburgo com a grã-duquesa Maria Alexandrovna da Rússia. Embora sua irmã, Dagmar, fosse casada com o czarevich Alexandre (futuro czar Alexandre III), o relacionamento de Alix com a nova cunhada nunca foi dos melhores. A nova duquesa de Edimburgo considerava o pai da princesa de Gales, o rei Cristiano IX da Dinamarca, como um monarca inferior dentro do cenário europeu. Como não bastasse, a duquesa, com seu desprezo pela sociedade londrina, demandou o tratamento de alteza imperial na corte do Palácio de Buckingham, o que a colocaria acima da princesa de Gales, futura rainha consorte do Reino Unido. Inconformada com isso, a rainha Vitória pressionou o primeiro-ministro, lorde Disraeli, para que fosse formalmente reconhecida pelo Parlamento como imperatriz da Índia. Tendo conquistado seu objetivo em 1876, a partir de então todos os filhos da soberana passaram a usar o estilo de altezas imperiais. Mesmo assim, a inimizade entre Alexandra e Maria não diminuiu com o tempo e as duas noras da rainha mantinham uma relação apenas cordial. Porém, esse era o menor dos problemas que Alix tinha que enfrentar naqueles anos, pois um escândalo ameaçou a reputação de sua família.
Em 1875, enquanto Bertie viajava pela Índia na companhia do amigo, Heneage Finch, 7° conde de Aylesford, chegou ao conhecimento do público o caso extraconjugal da esposa dele, Edith, com George Spencer-Churchill, marquês de Blandford. Para piorar a situação, comentava-se que o próprio príncipe de Gales havia mantido um affair com Edith. Ao saber disso, o conde de Aylesford iniciou um processo de divórcio e ganhou a guarda das duas filhas do casal, proibindo a mãe de vê-las. Preocupada com a reputação do filho, a rainha Vitória baniu a família Churchill da corte, forçando-os ao exílio da Irlanda. Por outro lado, o fato do nome de Bertie estar envolvido no escândalo lançava luz sobre a infidelidade do príncipe. Apesar de Alexandra ter conhecimento da maioria desses casos, ela procurava manter a fachada de decoro e respeito, sem demonstrar qualquer sinal de ciúmes. Seu comportamento foi de suma importância para manter a fachada de respeitabilidade da monarquia. Afinal, ela sabia que em casamentos de príncipes e princesas, motivados por razões de Estado, não era incomum que os homens procurassem conforto nos braços de outras mulheres. Conta-se que Alexandra, inclusive, gracejava com suas damas a respeito de algumas delas, a exemplo da bela americana Miss Chamberlayne, a quem a princesa apelidou de chamberpots (urinol).

A Família de Albert Edward, Príncipe de Gales (futuro Rei Eduardo VII) em 1876 por Heinrich von Angeli. Da esquerda para a direita: o príncipe Alberto Vitor e o Príncipe de Gales e a princesa Maud com a Princesa de Gales. ©Royal Collection Trust.
Em 1877, enquanto a princesa passava uma temporada na Grécia, em busca de tratamento para seu delicado estado de saúde, estourou a guerra russo-turca pela posse dos estreitos de Bósforo e Dardanelos, localizados na região dos Balcãs. Os habitantes da região, que estavam inconformados com o domínio Otomano, favoreciam o czar. De sua parte, Alexandre II estava interessado numa passagem para o Mar Mediterrâneo através do Mar Negro. Nesse conflito, Alexandra permaneceu ao lado dos russos, já que sua irmã favorita, Dagmar (rebatizada com o nome ortodoxo de Maria Feodorovna), seria a futura imperatriz consorte. Mesmo enviadas para reinos distantes através da política dos casamentos reais, Alexandra e Minnie jamais deixaram de trocar correspondência. Em 1873, o czarevich e sua esposa visitaram o príncipe e a princesa de Gales na Inglaterra. O público se deleitava quando via as duas irmãs, tão parecidas, passeando de carruagem pelo Hyde Park, vestidas propositalmente de forma idêntica. Nos bailes noturnos, Minnie exibia sua exuberante coleção de joias, deixando a todos deslumbrados, enquanto Alexandra encantava com sua beleza e graciosidade. Muitos chegavam até mesmo a confundir as identidades das princesas.
Com efeito, Alix e Bertie visitaram a Rússia em 1881, após o assassinato de Alexandre II, vítima de uma bomba que explodiu embaixo de sua carruagem. O casal de Gales viajou para prestigiar a ascensão de Alexandre III e de Maria Feodorovna como os novos czares de Todas as Rússias. De volta ao Reino Unido, o casal passou a levar uma vida de aparências. Para compensar a falta de responsabilidade do marido, Alexandra se dedicou com afinco aos seus deveres como princesa de Gales. Ela era vista frequentemente abrindo bazares, inaugurando obras públicas, assistindo concertos e frequentando hospitais em nome da rainha. Assim, ela granjeou não só o amor dos súditos, como o respeito de Vitória. Por onde quer que fosse, Alix era aplaudida com entusiasmo. Dizem que ela não suportava maus-tratos aos animais e repreendeu veemente um condutor de charrete que chicoteava os cavalos. Em outra ocasião, durante uma vista ao Eton College, ela censurou o reitor pela aplicação de castigos físicos aos estudantes. Sua candura era sentida de perto pelos pacientes do “seu” hospital no East End de Londres. A princesa conhecia todas as enfermeiras e assistia a operações, perguntando em seguida a respeito do estado de saúde dos pacientes.

Alexandra da Dinamarca, princesa de Gales, em 5 de maio de 1881. Fotografia de Alexander Bassano ©National Portrait Gallery.
Em 1 de dezembro de 1884, Alix completou seu aniversário de 40 anos. Embora fosse admirada por seu aspecto jovem, já era oficialmente uma mulher de meia-idade para os padrões do período. No ano seguinte, ela foi agraciada pelo Trinity College, em Dublin, com o título de Doutora em Música. Embora a rainha Vitória se queixasse que sua nora “nunca abria um livro”, Alexandra adorava os contos de Rudyard Kipling, famoso autor de O Livro da Selva, e da poesia de Tennyson. Quando o conheceu pela primeira vez, ela pediu ao poeta para que lesse em voz alta sua Ode of Welcome, escrita em homenagem ao casamento da princesa com o príncipe de Gales, em 1863. Entre seus romancistas preferidos, estava William Le Queux, conhecido por suas obras de espionagem. Outro dos interesses de Alix consistia na fotografia, sendo ela própria uma fotógrafa amadora. Desde criança, ela adorava desenhar e aos poucos foi desenvolvendo suas habilidades artísticas com pinturas a óleo e pastel. A princesa misturava sua técnica de pinturas de flores e frutos com colagens de fotografias dos filhos e da família real. Inclusive, ela chegou a publicar um livro para presente de Natal com suas criações, cuja receita foi revertida para suas obras de filantropia.
A vida despretensiosa da princesa de Gales seguia nesse ritmo quando, no início de 1892, seu primogênito, Albert Victor, duque de Clarence e de Avondale, caiu gravemente doente. O rapaz, que estava noivo da princesa Mary de Teck, foi caçar com o pai no dia 26 de dezembro do ano anterior, na propriedade de Sandringham. Pouco depois, ele foi acometido de fortes tremores no corpo, acompanhado de febre e suor. Desesperada, Alexandra, então com 48 anos, permaneceu ao lado do enfermo, prestando-lhe todo tipo de ajuda de que fosse capaz. Infelizmente, no dia 13 de janeiro do ano seguinte, o jovem faleceu nos braços da mãe. Provavelmente, o príncipe, que era o segundo na Linha de Sucessão, foi vítima de gripe russa (influenza), uma epidemia que estava fazendo várias vítimas no período. A perda foi um duro golpe para o príncipe e a princesa de Gales. “Teria de bom grado dado minha vida pela dele”, escreveu Bertie para a rainha Vitória. Já Alexandra, inconsolável, disse: “Enterrei o meu anjo e, com ele, a minha felicidade”. Enquanto ela encontrava algum conforto mantendo o quarto de Albert Victor tal como ele o tinha deixado, a idosa soberana tratou de fazer do segundo filho do casal, George, o novo duque de York, preparando-o para seu papel como futuro rei. Assim, um novo futuro se delineava para a família real!
Referências Bibliográficas:
BATTISCOMBE, Georgina. Queen Alexandra. Boston, USA: Houghton Mifflin Company, 1969.
EDWARD, Duque de Windsor. La vida de un rey: memorias del duque de Windsor. México: Biografias Gandesa, 1952.
HARTE, Rosie. The royal wardobre: a very fashionable history of the monarchy. UK: Headline Publishing Group, 2023.
MAUROIS, André. Depois da rainha Victoria, Edward VII. Tradução de Vera Giambastiani. São Paulo: Globo Livros, 2014.
S.A.R Michael de Kent, Princesa. Coroadas em terras distantes: triunfo, tragédia, paixão e poder na vida de oito princesas europeias. Tradução de Maria João Batalha Reis. São Paulo: Ambientes e Costumes Editora Ltda, 2011.













