Por: Renato Drummond Tapioca Neto
“Ela era a princesa do povo e é assim que continuará para sempre em nossos corações e em nossa memória”, disse o primeiro-ministro Tony Blair de seu reduto eleitoral em Sedgefield, para uma nação inteira que acordava no dia 31 de agosto de 1997 com a terrível notícia transmitida pelos jornais e pela televisão: “Diana, princesa de Gales, morreu!”. Ninguém estava preparado para uma informação chocante como aquela. Depois de tantos anos tumultuosos, em que ela teve sua vida pessoal devassada pela imprensa da forma mais perniciosa possível, Lady Di parecia estar chegando a um ponto mais equilibrado e comprometido com as causas sociais em que ela tanto acreditava. Durante 17 anos, o público observou uma incrível evolução daquela garota que entrou em 1981 para o seio de uma Instituição milenar como se fosse uma folha soprada pelo vendo, fazendo tudo aquilo que dela era esperado. Da adversidade, ela desabrochou na flor mais rara e bela de todas: “Com apenas um olhar ou um gesto, que falavam muito mais do que palavras, ela revelava a todos nós a profundidade de sua compaixão e do seu humanismo”, declarou Blair. Ele foi o primeiro de uma longa lista de líderes mundiais e chefes de Estado que prestaram tributo à memória da princesa Diana.

“Ela era a princesa do povo e é assim que continuará para sempre em nossos corações e em nossa memória”, disse o primeiro-ministro Tony Blair de seu reduto eleitoral em Sedgefield.
O pranto pela morte de Lady Di atravessou o Reino Unido e cruzou mares até terras distantes como a África do Sul e a Austrália. Cerca de 6 mil pessoas por hora afluíram a Londres para chorar sua perda. Vinham carregando buquês de flores, balões em formato de coração, velas, cartas de baralho com a dama de copas, cartazes com mensagens de carinho para os filhos, que acabavam de ficar órfãos de mãe. Naquele dia 31 de agosto, o mundo disse adeus não apenas a uma mera celebridade, sim a uma porta-voz daqueles que, como ela, haviam passado por problemas de ordem física e psicológica; alguém com uma profunda capacidade de empatia, difícil de se encontrar em outros seres humanos. Warren Hoge, chefe de New York Times em Londres, ficou bastante impressionado com os sons e as imagens proporcionadas por um país que, em sua dor e angústia, superava barreiras de gênero, raça e de classe: “não tinha a menor ideia de que era [uma nação] com tamanha mistura racial, poder feminino, tamanha unidade de aspirações, até se indagar quem eram todas aquelas pessoas homenageando Diana na áreas verdes de Londres”. Os portões do Palácio de Kensington haviam se transformado em um gigantesco arranjo floral, com fotos da princesa.
Enquanto isso, o corpo de Diana era transportado de Paris até Londres em um helicóptero da Força Aérea Real. O caixão foi coberto com a bandeira real e uma coroa de lírios, símbolo de sua família, e transportado pelas ruas da capital, apinhadas por uma multidão silenciosa, até um necrotério particular e depois para o Palácio de St. James, onde seria velado. Para o príncipe Charles, que escoltou o caixão de sua ex-esposa de volta para casa, ver a mãe de seus filhos inerte no leito do hospital Pitié-Salpêtrière foi “a pior visão que já tive de testemunhar. Eu só conseguia lembrar da menina que tinha conhecido, não da mulher que ela se tornou, nem dos problemas que tínhamos vivido. Chorei por ela – e chorei por nossos filhos”. Quando foi sugerido ao príncipe que o caixão poderia ser transportado em um helicóptero da ala de Acidentes e Emergências, Charles retrucou com firmeza: “Não. Há gente que a ama esperando lá fora”. Por todo o mundo, as embaixadas inglesas se transformaram em local de condolências. Diana havia se transformado em um ídolo das massas. Milhões de pessoas que não a conheciam se sentiam participantes de sua história, e não apenas espectadores da metamorfose da princesa de contos de fadas em uma missionária das causas sociais.

Cerca de 6 mil pessoas por hora afluíram a Londres para chorar sua perda. Vinham carregando buquês de flores, balões em formato de coração, velas, cartas de baralho com a dama de copas, cartazes com mensagens de carinho para os filhos, que acabavam de ficar órfãos de mãe.Cerca de 6 mil pessoas por hora afluíram a Londres para chorar sua perda. Vinham carregando buquês de flores, balões em formato de coração, velas, cartas de baralho com a dama de copas, cartazes com mensagens de carinho para os filhos, que acabavam de ficar órfãos de mãe.
A mãe de Diana, Frances Shand Kidd, residente na Ilha de Seil, perto da costa ocidental da Escócia, agradeceu a todos pelas flores e orações: “Eu agradeço a Deus por ter me dado Diana de presente e por todo seu amor e dádiva. Eu a devolvo a Ele com meu amor, orgulho e admiração, para que ela descanse em paz”. Já a madrasta da princesa, Raine, nova condessa de Chambrun, enalteceu “sua capacidade para amar e a vontade de ajudar qualquer um que necessitasse. Eu sempre me lembrarei do seu tremendo senso de diversão e seu maravilhoso presente de amizade”. De Washington, o presidente Bill Clinton fez a seguinte declaração:
Hillary e eu conhecemos a princesa Diana e a apreciávamos bastante. Nós estamos profundamente entristecidos por este evento trágico. Nós gostávamos muito dela. Admirávamos seu trabalho com crianças, com pessoas com Aids, com a causa das minas no mundo e seu amor aos filhos, William e Harry. Eu sei que esta é uma hora muito difícil para milhões de pessoas no Reino Unido, que estão profundamente chocadas e tristes, e o povo americano envia suas condolências a todas elas (apud DONNELLY, 1998, p. 116).
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, endossou as palavras do presidente dos Estados Unidos, ao fazer referência à campanha de Diana pelo banimento das minas, acrescentando que “a tragédia privou o mundo de uma consistente e comprometida voz para a melhoria de vida de crianças sofredoras em todo o planeta”.
Ao longo de sua vida, a princesa Diana abraçou diversas causas estigmatizadas pela sociedade. Quando ainda era uma aluna de colegial, costumava visitar lar para idosos e passava horas conversando com os internos, dando-lhes o conforto e a atenção de que necessitavam. O chanceler alemão, Helmut Kohl, ressaltou que “muitas pessoas na Alemanha a amaram por causa de seu comprometimento aberto e humanitário”. A combinação de glamour, sofrimento e exposição pública teve o poder de transformar a princesa de Gales de uma filha da aristocracia numa heroína do povo, assimilada pelas massas. Seu trabalho com crianças portadoras de câncer, pessoas em situação de rua, idosos abandonados em asilos, portadores de HIV, vítimas das minas em Angola, pacientes com transtornos alimentares e mulheres que sofriam violência doméstica, aproximou-a cada vez mais das pessoas. Aliado a isso, uma enorme capacidade para se relacionar com o próximo sem barreiras de raça e/ou classe. Da África do Sul, o presidente Nelson Mandela disse: “Eu me recordo claramente do nosso encontro, quanto ela visitou a África do Sul no ano passado, e seu desejo veemente de amparar crianças com HIV positivo. Ela era, indubitavelmente, um dos melhores embaixadores da Grã-Bretanha”.

O príncipe Charles e seus filhos contemplam as homenagens deixadas em memória da princesa Diana.
Com efeito, o primeiro-ministro australiano, John Howard, deu voz ao choque e à tristeza de seu povo com a notícia da morte da princesa. Em 1983, Diana fez sua primeira visita ao país acompanhada do príncipe Charles e deixou a população em estado de euforia: “queremos vê-la, não o ver”, disseram os australianos naquela ocasião. Nas palavras de Howard, em 1997: “A morte, em tais circunstâncias trágicas, encerrou com uma idade jovem a vida de uma mulher que exercia uma particular fascinação em muitas pessoas ao redor do mundo”. A despeito de todas as tentativas dos médicos do SAMU e da equipe do hospital Pitié-Salpêtrière, a princesa não resistiu. O óbito foi anunciado às 4h11 da manhã (horário de Paris). O primeiro-ministro francês, Lionel Jospin, disse: “Foi profundamente triste que esta mulher tão jovem e bonita, amada pelo povo, e de quem cada ato e gesto foi escrutinado, terminasse sua vida tragicamente na França, em Paris”. Ocidente e Oriente se uniram em condolências à família da falecida. O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, falou que “nunca houve qualquer não-mulçumano que trabalhou em um país não-mulçumano com tanta dedicação como a que Diana demonstrou para com os doentes e pobres no Paquistão.”
Com efeito, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, expressou seus sentimentos ao dizer que “a princesa era uma mulher cheia de graça, beleza e charme. Ela representou a Grã-Bretanha com nobreza e entusiasmo e captou a imaginação de milhares em todo mundo”. Jasminko Bjelic, uma das vítimas das minas na Bósnia, de 23 anos, que havia conhecido Diana um mês antes de sua morte, disse: “Eu me sinto muito mal. Ela era nossa amiga”. Sarah Fegurson, duquesa de York, que compartilhou com a cunhada os mesmos problemas de adaptação na família real, lamentou profundamente a perda de “uma irmã e a melhor amiga… não há nenhuma palavra forte o bastante para descrever a dor. O mundo perdeu o mais compassivo dos filantropos e alguém muito especial, cuja presença nunca poderá ser substituída”. Já o cardeal Basil Hume, líder da Igreja Católica Romana na Inglaterra e Gales, prestou sua “mais profunda simpatia para toda a família real e particularmente para seus dois filhos, a quem ela era devotada”. Outro líder religioso, George Carey, arcebispo de Canterbury, se uniu ao prelado católico nos pêsames: “Ela prendeu a imaginação de jovens e velhos da mesma maneira. Esta mulher bonita também era um ser humano muito vulnerável, e, além disso, aparece com muita foça sua paixão e seu compromisso com o povo”.

Elizabeth II chegou à capital na quarta-feira, dia 03 de setembro, e na manhã seguinte caminhou com o príncipe Philip pelo mar de flores deixadas nas portas dos Palácios Reais. Os buquês continham cartões com mensagens que enalteciam a memória da princesa e outros que difamavam a Instituição.
Por fim, o arcebispo ressaltava: “O mundo perdeu uma pessoa jovem, vibrante e adorável. A palavra paixão parece resumir tudo o que ela foi – comprometida com as causas até o fim.” A morte da princesa Diana teve um efeito inusitado de unir povos e culturas diferentes. Barreiras religiosas, de gênero e de classe foram colocadas de lado em razão do luto pela perda de um dos maiores ícones do século XX. Desde políticos a celebridades e amigos, cada um deles proferiram belíssimas palavras que serviriam perfeitamente de epitáfio para a memória da princesa. O cantor Elton John, de quem Diana era amiga e que foi consolado por ela semanas antes no funeral de Gianni Versace, falou que “esta é a mais trágica e insensata morte. O mundo perdeu um de seus filantropos mais compassivos e eu perdi uma amiga especial”. Durante o funeral da princesa na Abadia de Westminster, em 06 de setembro, ele emocionou os presentes ao cantar os versos de Candle in the Wind (Goodbye England’s Rose): Adeus, Rosa da Inglaterra/ Que você floresça em nossos corações/ Você era a graça que se impunha/ Onde vidas fossem dilaceradas/ Você bradou para o nosso país/ E sussurrou para os que sofriam/ Agora você pertence ao céu/ E as estrelas soletram seu nome.
Luciano Pavarotti, um dos cantores favoritos de Diana, falou: “Meu coração está cheio de pesar e de dor. Lady Diana era o mais bonito símbolo de humanidade e era amada por todo mundo. Ela tocou minha vida de um modo extraordinário. Eu sempre me lembrarei dela com profundo amor e alegria”. Já Boris Yeltsin, presidente da Rússia, disse que estava “profundamente chocado… a princesa era bem conhecida e amada pelo povo russo”. Antigos líderes mundiais também se manifestaram, como o ex-primeiro-ministro da Inglaterra, John Major: “Ela era um ícone do nosso tempo e deixará uma lembrança imperecível na mente de milhões de pessoas”. A baronesa Thatcher, em cuja gestão transcorreu a maior parte da vida de Diana junto à família real, disse que “com sua trágica morte uma tocha de luz se apaga. Seu ótimo trabalho trouxe esperança para muitos necessitados em todo o mundo”. Contudo, era a declaração da rainha Elizabeth II que o povo mais aguardava. Havia um sentimento geral nos dias que se seguiram imediatamente ao falecimento de Diana de que a presença da soberana junto aos súditos atuaria como uma espécie bálsamo para sua dor. À medida em que a monarca demorava a regressar da Escócia, a indignação popular foi aumentando.

Cartão do príncipe Harry entre as flores sobre o caixão da princesa Diana, com a palavra “Mamãe”.
Quando a notícia do acidente envolvendo a princesa de Gales foi dada, a família real estava no castelo de Balmoral. Um serviço fúnebre foi oferecido em sua memória no domingo, dia 31, na igreja de Crathie. Enquanto o caixão da princesa estava no Palácio de St. James, livros de condolências eram preenchidos aos montes no Palácio de Kensington e no Palácio de Buckingham. Esperava-se que a Casa Real hasteasse a bandeira a meio-mastro e que a rainha comparecesse a Londres. Ele chegou à capital na quarta-feira, dia 03 de setembro, e na manhã seguinte caminhou com o príncipe Philip pelo mar de flores deixadas nas portas dos Palácios Reais. Os buquês continham cartões com mensagens que enalteciam a memória da princesa e outros que difamavam a Instituição. Um dia antes do funeral, Elizabeth II fez uma transmissão ao vivo para todo o povo britânico, na qual dizia:
Desde as terríveis notícias do último domingo, vimos, em toda a Grã-Bretanha e em todo o mundo, uma expressão avassaladora de tristeza pela morte de Diana. Todos nós tentamos lidar, de maneiras diferentes, para com a situação. Não é fácil expressar um sentimento de perda, já que o choque inicial é muitas vezes seguido por uma mistura de outros sentimentos: descrença, incompreensão, raiva – e preocupação com aqueles que permanecem. Todos nós sentimos essas emoções nestes últimos dias. Então, o que eu digo a vocês agora, como sua rainha e como uma avó, digo de coração: em primeiro lugar, quero homenagear a própria Diana. Ela foi um ser humano excepcional e talentoso. Nos bons e nos maus momentos, ela nunca perdeu a capacidade de sorrir e rir, nem de inspirar os outros com seu calor e gentileza. Eu a admirava e respeitava – por sua energia e compromisso com os outros, e especialmente por sua devoção aos dois filhos. Esta semana em Balmoral, todos nós tentamos ajudar William e Harry a aceitar a perda devastadora que eles e o resto de nós sofremos. Ninguém que conheceu Diana jamais a esquecerá. Milhões de outras pessoas que nunca a conheceram, mas sentiram que a conheciam, se lembrarão dela. Eu, pelo menos, acredito que há lições a serem tiradas de sua vida e da reação extraordinária e comovente à sua morte. Eu compartilho de sua determinação em valorizar a memória dela. Esta também é uma oportunidade para mim, em nome da minha família, e especialmente do príncipe Charles e William e Harry, de agradecer a todos vocês que trouxeram flores, enviaram mensagens e prestaram seus respeitos de tantas maneiras a uma pessoa notável. Esses atos de bondade são uma grande fonte de ajuda e conforto. Nossos pensamentos estão também com a família de Diana e com as famílias daqueles que morreram com ela. Sei que eles também se fortaleceram com o que aconteceu desde o fim de semana passado, enquanto buscavam curar sua dor e enfrentar o futuro sem um ente querido. Espero que amanhã possamos todos, onde quer que estejamos, expressar nossa tristeza pela perda de Diana e gratidão por sua vida tão curta. É uma chance de mostrar ao mundo inteiro a nação britânica unida em dor e respeito. Que os que morreram descansem em paz e que nós, cada um de nós, agradeçamos a Deus por aquela que fez tantas, tantas pessoas felizes.
Durante o funeral, ocorrido no dia 06 de setembro, vários televisores gigantes foram colocados no parque ao redor da Abadia de Westminster, para que os milhares de londrinos pudessem assistir ao serviço religioso e dizer seu último adeus à princesa Diana, antes que seu corpo fosse sepultado em Althorp, mansão ancestral da família Spencer. As palavras ditas por seu irmão Charles, 9° conde Spencer, servem aqui como epígrafe para a trajetória de alguém que tocou (e continua tocando) a vida de tantas pessoas pelo mundo: “Diana era a própria essência da compaixão, do dever, do estilo, da beleza. Através do mundo, ela era um símbolo de abnegação e benevolência. No mundo inteiro, um padrão condutor para os direitos dos verdadeiramente reprimidos, uma menina muito britânica que transcendeu a sua nacionalidade. Alguém com uma nobreza muito natural que era sem classe e que provou, no último ano, que não precisava de nenhum título real para continuar gerando sua marca particular de magia.”
Referências Bibliográficas:
BROWN, Tina. Diana: crônicas íntimas. Tradução de Iva Sofia Gonçalves e Maria Inês Duque Estrada. Rio de Janeiro: Ediouro, 2007.
DONNELLY, Peter. Diana: a princesa do povo. Tradução de Cecília Pastorello. São Paulo: Editora Manole, 1998.
MARR, Andrew. A real Elizabeth: uma visão inteligente e intimista de uma monarca em pleno século 21. Tradução de Elisa Duarte Teixeira. São Paulo: Editora Europa, 2012.
MEYER-STABLEY, Bertrand. Isabel II: a família real no palácio de Buckingham. Tradução de Pedro Bernardo e Ruy Oliveira. Lisboa, Portugal: Edições 70, 2002.
MORTON, Andrew: Diana – sua verdadeira história em suas próprias palavras. Tradução de A. B. Pinheiros de Lemos e Lourdes Sette. 2ª ed. Rio de Janeiro: Best Seller, 2013.
Linda homenagem para esta princesa que encantou o mundo. Muito triste saber que não era feliz.
Muita luz para ela!
Parabéns pelo teu trabalho de historiador!
Obrigada por tanto conhecimento que divides para as pessoas que gostam de história!
Grande y!
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Esses príncipes tudo bunda mole no melhor sentido da palavra….. uma esposa linda, carismática, do povo! Literalmente gente como a gente o cara quer ter relacionamento com uma mulher pra suprir a falta da mãe dele…. bizarro demais esse charles… não consigo imaginar a dor da Diana ao saber que ele casou com ela pra agradar a velha e não por opção sexual ou coisa do tipo…. Infelizmente outra dessa só daqui a 1000 anos e olhe lá…
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Showww. Parabéns !!!
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