A mulher mais odiada da Rússia: Alexandra Feodorovna e a queda dos Romanov

Por: Renato Drummond Tapioca Neto

No verão de 1917, uma senhora de 45 anos, vestida de branco, passava uma tarde tranquila, na casa do Governador, em Tobolsk (antiga capital da Sibéria). Enquanto estava distraída, sentada ao lado do marido, uma de suas filhas lhe capturou o perfil numa fotografia, a última que tiraria em vida. O semblante cansado e as faces encovadas lhe davam um aspecto bastante envelhecido. Seus cabelos, outrora loiros e que lhe caíam até a cintura na juventude, estavam presos no topo da cabeça e ligeiramente grisalhos. Quem olhasse aquele registro em preto e branco a tomaria por uma simples burguesa, passando suas férias numa casa de veraneio. Mas o recinto na verdade era uma prisão, utilizada para manter aquele casal e seus cinco filhos longe do contato da população local. Os sete prisioneiros, por sua vez, também estavam longe de serem pessoas comuns. Meses antes, eram a família mais importante de toda a Rússia, vivendo nas luxuosas acomodações do Palácio Alexandre, em Tsarskoye Selo. Quem imaginaria, olhando a fotografia da velha senhora de Tobolsk, que ela uma vez fora soberana do mais vasto império do globo? Pois agora ela era a mulher mais odiada do país, suspeita de ser uma espiã alemã e considerada responsável por todos os atos falhos do governo do último czar, Nicolau II.

A última fotografia de Nicolau e Alexandra juntos, tirada por uma de suas filhas na casa do governador em Tobolsk (verão de 1917).

Acompanhando a trajetória da czarina Alexandra Feodorovna, ou princesa Alice de Hesse e do Reno, como costuma se chamar antes de se converter à fé ortodoxa, fica difícil imaginar como terminaria seus dias numa prisão siberiana e de lá para a morte. Nascida em 6 de junho de 1872, era a quarta filha do Grão-Duque Luís IV de Hesse e do Reno, com a princesa Alice do Reino Unido, de quem recebeu o nome. A família, para distinguir mãe e filha, costumava chamar a pequena de Alix, apelido pelo qual ficou mais conhecida. Tendo perdido a mãe muito cedo, Alix passou boa parte da infância sob os cuidados da avó, a rainha Vitória, por quem nutria um afeto muito grande. A educação luterana que recebeu em Darmstadt, acompanhada do estilo de vida sóbrio e recluso que tinha na Inglaterra, deu à jovem uma aparência bastante séria e algo triste. Raras sãos as fotografias onde um sorriso aparece nos seus lábios. Para alguns, suas expressões denotavam certo ar de superioridade e descaso para com as pessoas. Para outros, traduziam sua infelicidade. Anos mais tarde, porém, quando se casou com o herdeiro do trono russo, diriam que ela nunca foi capaz de um mínimo gesto para conquistar a simpatia dos nobres e do povo. O fato é que seu estilo de vida retraído não estava de acordo com a posição que assumiria na hierarquia social depois do casamento.

A união do czarevich Nicolau com uma princesa alemã nunca foi bem vista pela população, nem mesmo pelos pais do noivo, uma vez que a Alemanha era uma antiga rival da Rússia. Como Nicolau insistia no matrimônio, o czar Alexandre III, acamado e às vésperas da morte, concordou em dar a sua bênção. Urgia então que Alice, vencidos os seus escrúpulos em se converter para a ortodoxia, partisse para a Rússia, antes da morte do sogro. Dias depois da chegada da jovem, Alexandre morreu, passando o trono para o filho despreparado e inapto para governar. Muitos consideraram a visão da bela princesa, caminhando atrás do cortejo fúnebre, como um sinal de mal agouro. “Ela chega atrás de um caixão”, comentaram algumas pessoas ao vê-la em São Petersburgo. Pior ainda foi o seu casamento ter transcorrido apenas 25 dias depois da morte do czar. A cerimônia ocorreu em 26 de novembro de 1894. A partir desse momento, ela deixava seu passado como princesa Alice de Hesse e do Reno para trás. De agora em diante, seria a czarina Alexandra Feodorovna. “Assim foi minha entrada na Rússia”, ela escreveu para a sua irmã. “Um dia no mais profundo luto, lamentando um ser querido, no dia seguinte nas mais luxuosas roupas, me casando. Não pode haver maior contraste”. “Nosso casamento pareceu a mera continuação das missas para o falecido, com a diferença de que então usei um vestido branco, em vez de preto” (apud MASSIE, 2014, p. 65).

Fotografia do noivado de Nicolau e Alexandra (1894).

Nunca foi bem quista pelo povo e pela nobreza, é preciso ressaltar. A esposa do jovem czar considerava todo o cerimonial da corte bastante cansativo e não fez qualquer esforço para se imiscuir nos círculos de fofoca palacianos, onde sua sogra, Maria Feodorovna, ainda brilhava. Seu relacionamento com a imperatriz viúva era um pouco tenso. Maria Feodorovna considerava a nora bastante possessiva e a acusava de afastar Nicolau do convívio de sua família. Alix, por sua vez, se ressentia porque a mãe do marido lhe recusava a posse das joias de imperatriz da Rússia, que agora eram suas por direito. O clima entre as duas ficou um pouco mais ameno quando do nascimento da primeira filha do casal, a Grã-Duquesa Olga Nikolaevna, em 15 de novembro de 1895. A notícia da vinda de uma filha em vez de um filho foi recebida com algum desapontamento pela população e por alguns dos membros da família imperial. Nicolau, porém, não apresentou sinais de desgosto, uma vez que ele e sua esposa ainda eram jovens e a criança era perfeitamente saudável. Isso poderia ser um sinal de que um herdeiro logo chegaria para fazer companhia à sua irmã mais velha. Enquanto isso, os preparativos para a coroação eram feitos. O evento transcorreu no dia 14 de maio de 1896. Para a ocasião, Alexandra portava um belíssimo vestido perolado, que ressaltava a alvura de sua pele. Os cabelos soltos eram encimados por uma tiara de diamantes.

A celebração, porém, foi marcada por uma tragédia no campo de Khodynka, em 17 de maio, quando a notícia de que presentes seriam distribuídos chegou ao ouvido do povo. A quantidade de súditos foi tão assustadora, que logo se constatou que não haveriam lembranças e comida para todos. Em meio a desespero, muitas pessoas foram pisoteadas e acabaram morrendo. Estima-se que o número de vítimas tenha chegado a 1.429. Mesmo assim, o baile programado para aquela noite foi mantido, o que foi considerado um grande descaso por parte do casal de imperantes para com a tragédia que se abateu sob um momento tão importante no reinado de um czar da Rússia, sua coroação. A vinda de um herdeiro poderia ajudar a trazer algum prestígio para o jovem autocrata. Sua esposa engravidou novamente nos últimos meses de 1896, mas a criança que carregava no ventre era outra menina, nascida em 10 de junho do ano seguinte e batizada de Tatiana. Em 26 de junho de 1899 nasceu Maria, terceira filha do casal. Dois anos depois, em 18 de junho, Alexandra dava à luz Anastásia. Com quatro garotas e nenhum czarevich, muitos chegaram a conjecturar que Nicolau se divorciaria de sua esposa, na esperança de que um novo casamento pudesse lhe trazer o tão esperado herdeiro. A czarina, em face desse tipo de rumor, se recluía cada vez mais.

Com efeito, muito da responsabilidade pelo insucesso em gerar uma criança do sexo masculino recaía sobre os ombros de Alexandra. A ausência de um filho tornava-a menos querida pela população. Médicos e místicos eram consultados, na esperança de que pudessem revelar o segredo para se ter meninos. Os mais diversificados tratamentos foram tentados, mas nenhum deu resultado. A pressão por gerar um herdeiro consumiu Alexandra durante os seus primeiros anos na corte russa. Quando finalmente deu à luz um menino em 12 de agosto de 1904, batizado de Alexei, logo se constatou que a criança era portadora de uma doença que a cada geração atingia alguns dos descendentes da rainha Vitória: a hemofilia. Conforme ressalta Helen Rappaport, “no início da década de 1900, a expectativa de vida de uma criança hemofílica não passava dos 13 anos” (2016, p. 105). A moléstia era pouco compreendida na época e seu tratamento bastante rudimentar. “Se ao menos você soubesse com que ardor tenho orado a Deus para proteger meu filho da nossa maldição herdada”, disse a mãe da criança à Maria Geringer. A partir daí, toda a dinâmica da família mudou em função de Alexei. O mundo não poderia saber que o herdeiro do trono da Rússia era portador “da terrível enfermidade da família inglesa”, como descreveu a Grã-Duquesa Xenia, irmã de Nicolau.

Litografia comemorativa da coroação de Nicolau II.

A manutenção desse segredo acabou por consumir o resto das forças da czarina. Por dez anos, desde que chegara à Rússia, ela e Nicolau esperaram pelo nascimento de um filho. Agora que esse filho finalmente chegou, trazia consigo a hemofilia. Para os mais íntimos, que sabiam da condição da criança, Alexandra se responsabilizava pela transmissão da patologia. Foi cada vez mais se ausentando da vida pública para cuidar de Alexei. O quase desaparecimento de Alexandra dos eventos ao lado da marido e das filhas abriu brechas para que a mídia e povo conjecturassem explicações uma mais descabida que a outra. Diziam que ela não se identificava com os súditos (o que não deixava de ser verdade) e que os desprezava (algo bastante exagerado). Não obstante, de tempos em tempos Alexandra era acometida de fortes dores no nevo ciático, a ponto de ficar dias recluída em seu leito e/ou se locomovendo numa cadeira de rodas. É nesse contexto que surge a figura controversa de Rasputin, um mujique oriundo da região de Prokovskoy que passou a ter muita ascendência sobre a imperatriz. O que fazia ele no Palácio Alexandre, em horas tão impróprias? A imprensa se questionava qual era a razão das visitas do místico junto à família imperial.

Alexandra e o czarevich Alexei (1905).

Entretanto, o que poucos sabiam era que a presença de Rasputin estava estritamente ligada à enfermidade de Alexei. A czarina acreditava que as orações dele tinham o poder miraculoso de estancar as crises de hemorragia que atormentaram o herdeiro em mais de uma ocasião. O povo e a família imperial, porém, não consideravam a associação de Alexandra àquele mujique como algo apropriado. Membros do governo e jornais logo deram notícia dos escândalos sexuais envolvendo o nome de Rasputin. Mesmo assim, Nicolau se recusava a bani-lo da convivência da família. Ninguém negava a influência que ele exercia sobre as decisões da czarina e a imprensa revolucionária não tardou a inventar uma série de boatos, nos quais Alexandra e Rasputin eram amantes, afirmação essa que ganhou maior verossimilhança com a publicação de algumas das cartas trocadas entre os dois. Com a chegada do ano de 1914 e a entrada da Rússia na Grande Guerra ao lado da Inglaterra e da França, a czarina e o mujique se tornaram as figuras mais odiadas do país. A imprensa estrangeira chegou a compara-la a Maria Antonieta, chamando Alexandra pejorativamente de “a alemã”, assim como a esposa de Luís XVI era chamada de “a austríaca” pelos franceses do final do século XVIII. A intromissão de Rasputin nos negócios de Estado chocou muitos primos de Nicolau, que lhe escreviam abertamente para afastar ele e Alexandra de quaisquer decisões do governo.

Destarte, muito se tem argumentado sobre a participação da czarina na queda da dinastia Romanov, ocorrida em fevereiro de 1917. Robert K. Massie, por exemplo, chega a considera-la uma das responsáveis pela impopularidade de Nicolau. Contudo, é preciso ressaltar que Alexandra não foi educada para governar, sequer para ocupar o papel de imperatriz consorte da Rússia. Seu estilo de vida recluído, dentro de uma autocracia que sobrevivia do cerimonial público (aos quais ela pouco comparecia) certamente contribuiu para o seu desprestígio junto à população. Desabituada com toda aquela pompa da corte russa, sua timidez foi tomada por arrogância. Eles a queriam feliz, quando a pressão por gerar um herdeiro e a doença do filho a tornaram uma pessoa triste. O povo esperava que a esposa do czar fosse uma mulher enérgica e sadia, mas as fortes dores que sofria no nevo ciático a deixaram dependente de uma cadeira de rodas. Alexandra não era uma bruxa má, como a pintavam certos jornais revolucionários, embora fosse incompatível aos anseios de um povo que ela nunca chegou totalmente a compreender. Sua participação como enfermeira na guerra lhe passou a falsa sensação de que o conhecia e que “os verdadeiros russos amavam o seu paizinho [o czar]”.

Com efeito, foi sugerido também que muitas das suas decisões junto a Nicolau visavam a manutenção da autocracia para Alexei. A abdicação do czar em favor de si e do seu filho certamente foi um balde de água fria nas suas pretensões dinásticas. A partir daí, seu destino ficou nas mãos do governo provisório e depois nas do governo bolchevique, que nunca lhe viu com bons olhos.  Mas, mesmo nos momentos mais críticos, ela procurava manter a calma, conforme demonstra uma carta sua à amiga Anna Vyrubova, em 1917:

Todo o passado é um sonho. Só o que ficam são lágrimas e gratas lembranças. Uma a uma, todas as coisas terrenas se são embora, casas e posses arruinadas, amigos desaparecidos. Vive-se um dia depois do outros. Mas Deus está em tudo e a natureza nunca muda. Posso ver a toda a minha volta igrejas (sonho em frequenta-las) e colinas, o mundo adorável (apud RAPPAPORT, 2016, p. 376).

Alexandra Feodorvna na sua cadeira de rodas (1917).

Fazendo uma retrospectiva dos acontecimentos que culminaram no assassinato da família Romanov, em 17 de julho de 1918, podemos afirmar que a participação de Alexandra na queda da autocracia foi um pouco menor do que se tem sugerido, pois o czarismo era um modelo de governo que não mais se sustentava naquele país, independente das ações isoladas da imperatriz para conservar intacta a autocracia para seu filho. Desde quando chegou à Rússia, em 1894, ela tentou recriar ao lado do marido o mesmo estilo de vida reservada que levava em Darmstadt e na Inglaterra, e que não combinava com um casal de imperadores. Ela se sentia muito mais confortável nos seus vestidos de tecidos simples, do que sob as vestes litúrgicas e as pesadas joias com as quais posava para os seus retratos oficiais, sempre com a expressão séria e triste. Pessoa tímida e reservada, ela preferia a intimidade do lar ao fausto dos bailes imperiais. Durante uma ocasião, por exemplo, enquanto passeava de forma incógnita com a amiga Anna Vyrubova, resolveu entrar numa loja. Chovia lá fora e o seu guarda-chuva pingava no assoalho de madeira. O comerciante, enfurecido, pediu para que ela não molhasse o piso, ao que Alexandra, envergonhada, respondeu com um abaixar de cabeça. Foi nesse momento que Anna Vyrubova disse: “Fique sabendo, senhor, que você está diante da imperatriz da Rússia”.

Referências Bibliográficas:

MASSIE, Robert. K. Nicolau e Alexandra: o relato clássico da queda da dinastia Romanov. Tradução de Angela Lobo de Andrade. Rio de Janeiro: Rocco, 2014.

_. Os Romanov: o fim da dinastia. Tradução de Angela Lobo de Andrade. Rio de Janeiro: Rocco, 2017.

MONTEFIORE, Simon Sebag. Os Romanov: 1613-1918. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

RADZINSKY, Edvard. O último czar: a vida e a morte de Nicolau II. Tradução de Vera Maria Marques Martins. São Paulo: Nova Cultural, 1992.

RAPPAPORT, Helen. As irmãs Romanov: as vidas das filhas do último tsar. Tradução de Cássio de Arantes Leite. Rio de Janeiro: Objetiva, 2016.

STEINBERG, Mark; KHRUSTALËV, Vladimir. A queda dos Romanov. Tradução de Ruy Jungmann. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1996.

11 comentários sobre “A mulher mais odiada da Rússia: Alexandra Feodorovna e a queda dos Romanov

  1. Quando somos crianças almejamos ser “princesas” um dia, achando que a vida de princesa é um sonho. Que engano! Essas mulheres podem ter vivido no glamour, mas a maioria debaixo de grande sofrimento. Ainda bem que não estou na pele de nenhuma princesa, sou mesmo uma plebeia feliz! Parabéns pelo excelente artigo!

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  2. Sou fascinada pela história dos Romanov,principalmente pela Alexandra.
    Cada vez que leio algum artigo a respeito dela consigo sentir sua tristeza e frustração.
    Parabéns pelo artigo de qualidade e informações maravilhosas!

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  3. Então, Renato, bacana a história. Claro que eles tinham que morrer, né? Afinal, o povo naquela miséria toda e esses czares se esbaldando com luxo e riqueza. Mas, é isso mesmo, a vida é assim, quantos governantes que não olham pro seu povo, né?

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    • Eu sei que pode parecer muito tentador imaginar a família imperial esbanjando dinheiro enquanto o povo passava fome, mas a crise financeira os afetou diretamente. O último grande baile promovido pelo czar ocorrera 12 anos antes da revolução. As princesas mais novas usavam os vestidos que não mais cabiam nas mais velhas. Toda história tem dois lados.

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  4. Bom dia Renato. Tão somente há poucos dias tomei conhecimento de ” Rainhas Trágicas”. Fiquei fascinado pelo qualidade do seu trabalho. Sou um aficionado pela História , a cultura e história russas, em particular. Parabéns e obrigado por compartilhar. Abraço

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  5. Infelizmente, o ser humano pouco evolui na empatia e civilidade. Quem nasceu princesa não escolheu a sua história. Quem nasceu pobre ou com alguma deficiência também não optou por isto. Antes de ser czarina era uma mulher introspectiva, era uma mãe que sofria pelo filho e pela rejeição dos súditos. Era uma mulher longe da sua fé e de suas origens, num país hostil.
    A história desta mulher nos faz perceber o quanto é perigoso não ser aceito pelo outro e compreender porque muitos temem muito mais a vida que a morte.

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  6. Rainhas trágicas. O povo russo passava fome, não tinha condições para ter boa moradia, o czar Nicolau II também não era preparado para o cargo. Houve muitas difamações, o Domingo Sangrento, Nicolau II não gostava de ler os relatórios ele dissia “essa papelada”. A revolução que deu início a tudo foi A Revolução Francesa, que guilhotinou só em Paris mais de oito mil pessoas estima-se que na França inteira tenha sido mais de 30 mil pessoas, todos os nobres começando com o rei LUIZ XVI e sua mulher Maria Antônieta. E tem mais, segundo amigos, quando o Czar e a Czarina estiveram em uma visita a França, ela pediu para dormir na cama onde outrora Maria Antônieta dormiu, isso foi visto como mau presságio. A revolução Francesa foi cruel, bem como a revolução Russa. As crianças não deveriam ter morrido, nem eles, a irmã dela teve uma morte tbm horrível, tomou o hábito depois do assassinato de seu marido, e fundou uma casa para religiosas bem como escola para crianças pobres, durante a revolução foi retirada a força da casa e levada para uma floresta onde a jogaram junto com outras pessoas num poço altura enorme, então jogaram bombas nesse poço as pessoas morreram uma ou outra ficaram gravemente feridas assim como ela que cantando tentou ajudar os feridos novamente jogaram bombas isso foi repetido umas 4 ou 5 vezes e depois taparam o poço. Muitos anos depois encontraram seus restos mortais, ela foi beatificada… Revoluções são terríveis, mas na verdade nunca são feitas pelo povo que mais sofre pois esse não tem condições para nada, quem faz as revoluções são os burgueses comerciantes e a própria nobreza. Não quiseram exilar o casal e filhos com medo que eles conseguissem ajuda no exterior para derrubar o novo governo. Nicolau II e Luiz XVI eram muito parecidos na inércia, Luiz XVI tinha uma vasta biblioteca era um homem muito culto e adorava trabalhos braçais e fazer chaves, Luiz XVI foi obrigado a se casar com Maria Antônieta o casamento levou 7 anos para ser consumado, a nobreza não gostou desse casamento por ela ser estrangeira uma austriaca com ascendência alemã assim como Alexandra eram primas. Foi uma brutalidade tudo o que aconteceu 🤔🤔🤔🤔

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